É comum, quando falamos sobre empreendedorismo a ideia de largar tudo, dizer adeus ao seu chefe e começar um negócio novo. Na verdade, se você buscar pela internet conteúdos sobre empreendedorismo a maior parte das palavras-chaves relacionadas vão estar ligadas a modelos de negócio, produtividade, renda extra e outras dicas em geral.
Mas, um aspecto do empreendedorismo acaba ficando restrito à pesquisas mais específicas. Hoje quero falar mais sobre intraempreendedorismo. Para quem não sabe, significa, em outras palavras, empreender dentro de uma organização já existente. Ou seja, empreender dentro do seu próprio trabalho.
E isso não significa começar um negócio dentro do seu trabalho. Embora a ideia de vender produtos e serviços aos seus colegas não seja uma má ideia. O foco aqui é em realizar e executar tarefas em prol da evolução e crescimento da empresa que você já trabalha.
Aqui entramos na dualidade empregado x empreendedor. Não do ponto de vista como luta de classes, mas com a ideia da necessidade de talentos e inovação para o crescimento de qualquer tipo de negócio e da sinergia entre funções e responsabilidades.
Imagine que o seu salário dependesse da sua produtividade, você estaria bem empregado ou disponível para novos desafios?
Infelizmente, nos acostumamos com a ideia das 8h de trabalho diários e em fazer o “feijão com arroz” para preencher esse tempo. E vemos que isso tem sido terrivelmente danoso para nossa produtividade. Afinal de contas, se você pudesse reduzir sua carga de horário para 4h diárias, tenho certeza que trabalharia com mais afinco e disposição para que pudesse aproveitar melhor as outras 4h.
Ou seja, é possível trabalhar menos e melhor. Salvo exceções, claro. Nem todas as atividades profissionais permitem esse tipo de redução de carga de trabalho. Mas por curiosidade, faça essa reflexão e calcule quantas horas por dia, de fato, você passa trabalhando com afinco e quanto tempo acaba sendo desperdiçado.
Quando falo de intraempreendedorismo, a ideia é levantar o debate sobre o que podemos fazer para melhorar o nosso ambiente de trabalho, nossa perfomance e, por consequência, os resultados da empresa que trabalhamos.
Sem dúvidas que logo vem à mente aquele pensamento da recompensa: “será que fazendo a empresa crescer eu vou crescer também?”.
Nas últimas pesquisas sobre desemprego e atividade econômica temos visto que os números ainda são catastróficos. Isso reforça a importância que cada um de nós temos em realizar o máximo em prol da manutenção de nossos trabalhos.
Vale a pena a reflexão e uma conversa franca com o seu empregador. Converse, negocie, projete cenários. As oportunidades para crescimento mútuo são evidentes e as respostas podem ser bem interessantes.
A sinergia tende a pavimentar a evolução e o crescimento de todos os envolvidos. Trabalhe de forma mais inteligente e consciente. Esse é o jeito baré de empreender.