Ilha da Magia: confira 7 curiosidades sobre Parintins

O Portal Amazônia separou algumas das principais curiosidades da cidade que abriga o maior Festival Folclórico do mundo.

Mundialmente conhecido pelo maior Festival Folclórico do Mundo e como Patrimônio Cultural do Brasil, o município de Parintins, a 369 km de Manaus, no Amazonas, possui história, cultura e costumes únicos. 


O Portal Amazônia separou algumas das principais curiosidades da cidade que é popularmente conhecida como “Ilha da Magia”. Confira:

1. As nomenclaturas

Assim como outras cidades da Amazônia, antes das primeiras passagens da Coroa Portuguesa na região, a cidade era habitada por diversas etnias indígenas, entre eles os Tupinambaranas, que deram origem a outro nome pelo qual a ilha em que se encontra o município é conhecida: Ilha Tupinambarana.

Mas o primeiro nome de fato da cidade foi São Miguel dos Tupinambaranas, em 1669. ‘Parintins’ só foi adotado em 1880, quando a sede passou a categoria de cidade e adotou o nome em homenagem aos povos indígenas parintintins, um dos inúmeros que habitavam a região. 

2. Imigração japonesa

Outro fato que nem todos sabem sobre Parintins está relacionado à imigração japonesa na região. Em meados de 1930, um pequeno grupo de imigrantes japoneses chegou à Ilha Tupinambarana e povoaram a então Vila Batista, que mais tarde passou a ser conhecida como Vila Amazônia.

Atualmente é possível identificar, no arquipélago, as ruínas da vila construída pelos colonos imigrantes japoneses para o cultivo da juta.

Casa antiga em vila Amazônia. Foto: Heitor Costa/Reprodução

3. O maior festival folclórico do mundo

Apesar das diversas festividades que ocorrem ao redor do Brasil no mês de junho, o Festival de Parintins é considerado o maior Festival Folclórico do Mundo. A disputa entre Garantido e Caprichoso começou oficialmente em 1966. Desde então, o evento se repete no último fim de semana de junho anualmente. E é inclusive reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O primeiro festival oficial ocorreu em 1965, criado por um grupo de amigos ligados à Juventude Alegre Católica (JAC). No entanto, a participação dos bois-bumbá somente ocorreu no ano seguinte.

O critério para a vitória naquela edição foi apenas os aplausos do público. A partir daí, a rivalidade ficou acirrada e a festa foi crescendo, ganhando repercussão internacional ano após ano. 

Garantido e Caprichoso

Por conta do festival, os bois-bumbás Garantido e Caprichoso também se tornaram símbolos da cidade. No início do século XX, a festa contava com grupos bem menores e com pouca estrutura. Inclusive, na época, existiam também outros bois precedentes aos dois populares, como Diamantino, Corre-Campo, Mina de Ouro e Campineiro.

A rivalidade entre os bois-bumbá é a narrativa central do Festival Folclórico de Parintins. Fundado em 1913, o Boi Garantido foi o primeiro a representar a história da Mãe Catirina. Conhecido pela coloração vermelha e branca, ele costuma ser associado como “boi do povão”, em função de sua popularidade e por manter o ritmo tradicional das músicas típicas. 

Já o Boi Caprichoso surgiu nove anos depois, em 1922, inicialmente nomeado como Galante. Este utiliza as cores azul e branca, e tem fama de “boi da elite”, com canções mais aceleradas e modernas. Antes do surgimento do festival, essa disputa era realizada de maneira informal, no centro da cidade de Parintins.

Foto: Divulgação/Amazonastur

4. O terceiro bumbá de Parintins

O Boi Bumbá Campineiro também já disputou o Festival Folclórico de Parintins, mas na década de 1980. Atualmente se encontra afastado, apresentando-se apenas pelas ruas da cidade.

Boi-Bumbá Campineiro possui as cores Verde e Amarelo, seu símbolo é o Sol, e sua área territorial em Parintins é o Bairro do Aninga.

Foto: Reprodução/Blog Boi Bumbá Campineiro

5. Arena em formato de cabeça de boi

O Centro de Convenções Amazonino Mendes, conhecido como Bumbódromo, é a arena onde o Festival de Parintins ocorre e um dos principais pontos turísticos da cidade. Inaugurado em 1988, o espaço tem capacidade para receber cerca de 35 mil pessoas.

O espaço foi construído em formato da cabeça de um boi, uma referência aos animais símbolos da festa. Além de abrigar o festival, promove projetos, exposições e exibições de filmes ao longo do ano. 

Foto: Reprodução/Secretaria de Cultura e Economia Criativa AM

6. Divisão da cidade

Por conta da disputa entre os bois-bumbás, a cidade é dividida por uma linha imaginária em duas zonas: Azul (Boi Caprichoso) e Vermelha (Boi Garantido).  A linha vai da Catedral de Nossa Senhora do Carmo até o Bumbódromo. A divisão é facilmente observada por conta das pinturas das casas, placas turísticas, faixas de pedestres e diversos outros detalhes. 

Foto: Tereza Cidade/Blog Amazonas é mais

7. Catedral de Nossa Senhora do Carmo

A Catedral de Nossa Senhora do Carmo é um dos pontos turísticos mais famosos do município. É patrimônio cultural do Estado e o maior templo católico do médio Amazonas. O tradicional Círio dedicado à padroeira da Diocese de Parintins é realizado em julho.

O projeto da obra foi realizado por um engenheiro italiano, sendo concluída com a construção da torre no lado esquerdo sob orientação do engenheiro parintinense Simão Assayag. O interior do templo é decorado com pinturas do Irmão Miguel de Pascale, missionário italiano incentivador das artes em Parintins. 

Para que o projeto de construção da catedral se realizasse, em 1966 foi realizado o primeiro Festival Folclórico, para com a finalidade de angariar recursos para a construção do templo. A Igreja apresenta uma construção contemporânea. É a edificação mais alta do município e pode ser vista a quilômetros de distância. 

Foto: Reprodução/Acervo Prefeitura de Parintins

E aí? Conhece mais curiosidades sobre Parintins?

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Entenda o que são as florestas públicas não destinadas

Elas somam uma área do tamanho da Espanha e estocam quase um ano de emissões globais de carbono. No entanto, ficam mais vulneráveis à grilagem e ao desmatamento ilegal.

Leia também

Publicidade