Esse é o primeiro filhote que chega ao Laboratório de Mamíferos Aquáticos do instituto para ser reabilitado este ano. O filhote de peixe-boi foi resgatado no dia 8 de janeiro pela Comunidade do Máximo de Parintins, nome que foi batizado temporariamente, e levado pelos agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para a fazenda ecológica localizada em Parintins.
Segundo o veterinário do Inpa, Anselmo d´Affonseca, a fêmea tem um mês, pesa 19 kg e está em bom estado de saúde, o que significa que provavelmente a mãe do filhote estava por perto na hora do resgate.
“Se a mãe não estivesse no local, o filhote estaria magro e mais fraco. Se a mãe não foi caçada há pouco tempo, com certeza ela estava por perto. Nessa situação, o melhor a fazer é observar por um tempo se há a presença da mãe nas proximidades para que seja evitado separar o filhote dela”, explica.
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De acordo com a coordenadora do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, a pesquisadora Vera da Silva, o resgate é uma etapa muito importante para o Programa de Reintrodução de peixes-bois da Amazônia.
“Dentro do nosso projeto temos três etapas principais, o resgate; a reabilitação, que é o cuidado até o filhote ter idade para se alimentar sozinho; e a última etapa que é a reintrodução dos peixes-bois adultos nos rios”, explica a pesquisadora responsável pelo Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Inpa.
O Laboratório de Mamíferos Aquáticos é o principal parceiro do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, que é executado pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e tem o apoio financeiro da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Sobre a Ampa
Associação dos Amigos do Peixe-boi foi criada há 18 anos com o objetivo de promover a pesquisa e a proteção dos mamíferos aquáticos da Amazônia, e ainda propiciar à sociedade um convívio saudável com a fauna da Amazônia.
A Ampa é responsável por executar o Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, cujo principais objetivos são resgatar, reabilitar e reintroduzir peixes-bois (Trichechusinunguis) aos rios da Amazônia, além de auxiliar o projeto Boto do Inpa, que pesquisa a bioecologia do boto-vermelho e do tucuxi para a conservação das espécies.
As pesquisas realizadas em parceria com o Laboratório de Mamíferos Aquáticos geram informações que alertam as autoridades e comunidade internacional sobre a e caça ilegal do peixe-boi para comercialização da carne e a matança do boto-vermelho.