O evento alerta, nesta edição, que é preciso olhar não só para a Amazônia, como para os demais biomas do Brasil, como o Cerrado e a Mata Atlântica.
Cinco cidades brasileiras, iniciando por Santarém (PA), realizam festivais culturais e artísticos desde o dia 2 de setembro em celebração ao Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro.
Esta é a segunda edição do ‘Festivais Dia da Amazônia’. Mais de 13 organizações e um número superior a 50 artistas estão envolvidos diretamente na mobilização nacional do evento, ao longo do mês de setembro.
A tradição foi iniciada no ano passado para comemorar a data, instituída por lei em 2007, abrangendo festivais e atividades diversas que se estenderão por todo o país, até o dia 30. Entre essas ações estão oficinas, peças de teatro, atividades esportivas e educativas, plantio de árvores, exposições e exibição de filmes. Todas têm foco na temática da proteção e valorização da Amazônia.
Alerta
A coordenadora do Coletivo Reocupa, associação voltada para a defesa dos direitos humanos e uma das organizadoras do Festivais Dia da Amazônia, Deuza Brabo, informou que o evento alerta, nesta edição, que é preciso olhar não só para a Amazônia, como para os demais biomas do Brasil, entre os quais o Cerrado e a Mata Atlântica.
“Esse é o mote que a gente está colocando também em pauta. A gente precisa manter a floresta de pé e, também, transformar o mês de setembro no Setembro Amazônico. Tirar a simbologia de apenas um dia, para ampliar, para que esse diálogo e essa discussão sejam também aumentados”.
Segundo Deuza, os festivais ocorrerão em dias alternados, sem coincidência de datas, “exatamente para levar essa onda do Setembro Amazônico”. Deuza Brabo destacou a diversidade amazônica que está presente em todo o evento.
“A gente está falando da Amazônia Legal, mas nós temos a diversidade dos povos originários. A gente tem essa diversidade dentro da Amazônia, que é extremamente relevante, para que a gente abra esse diálogo e entenda que os povos originários têm as suas particularidades. A luta é uma só: manter a floresta de pé, mas dentro dessa diversidade de povos”,
pontuou.
A importância que a sociedade brasileira vê cada vez mais na floresta impulsionou os diversos movimentos e organizações socioambientais a celebrarem pela segunda vez o Dia da Amazônia como um alerta para o Brasil e o mundo sobre a importância do bioma para o combate às mudanças climáticas e a preservação da Floresta amazônica como elemento central para o debate público brasileiro.
Programação
Com o intuito de atrair públicos diversos ao longo das programações de cada cidade, o evento pretende passar a mensagem de que a Amazônia está em todo lugar, muito além de suas fronteiras.
No domingo (3), a festa chegou à capital paulista com o Festival Baile da Terra. Em Manaus, no dia 9, será a vez do Festival Grito na Rua, com abertura prevista às 15h, seguida de Macapá, que recebe o Festival Nossa Amazônia, em 17 de setembro, às 16h. Encerrando as comemorações, acontece em 30 de setembro, em São Luís (MA), o Festival Re(x)istencia Fest lll, a partir das 13h, no Parque do Rangedor.
Além dos festivais nas cinco cidades, acontecerá também a Virada Cultural Amazônia de Pé, conduzida pelo Movimento Amazônia de Pé. A programação da Virada reúne dezenas de ações descentralizadas por todo o país. As iniciativas demonstram que, em todas as regiões, os brasileiros estão atentos ao tema e querem participar dessa comemoração em defesa da Amazônia, destacou Deuza. O programa da Virada pode ser conferido aqui.