Depois de quase 50 dias registrando a fauna da Unidade, as fotografias serão selecionadas para gerar o Wildlife Picture Indes (WPI), índice que aponta o estado da biodiversidade na área.
O monitoramento anual faz parte do protocolo TEAM (Tropical Ecology Assessment & Monitoring Network), com o apoio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) e o apoio da Coordenação de Monitoramento da Conservação da Biodiversidade do ICMBio e do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
“A implementação do Protocolo TEAM em Maracá possibilitará conhecer a dinâmica populacional de espécies encontradas, compreender o ‘estado de saúde’ da floresta”, ressalta o analista ambiental e chefe substituto de pesquisa e monitoramento do ICMBio Roraima, Bruno de Campos Souza.
Ainda segundo Souza, “é possível verificar em médio prazo as tendências no estado de conservação da biodiversidade diante das alterações ambientais e pressões antrópicas”.
Segundo Henrique Gonçalves, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Carnívoros, esse monitoramento é feito todo ano. “Daqui a dez anos vamos ter registros da unidade de fotografias e filmagens desses animais e com isso, podemos identificar se a unidade está perdendo sua fauna, diminuindo ou se está se mantendo no mesmo nível, o que é muito importante”.
Onças-pintadas na região
De acordo com o professor da Universidade Federal de Roraima – UFRR, Whaldener Endo, a onça-pintada é uma espécie muito vulnerável a influências humanas e, em muitos lugares, é a primeira espécie a desaparecer com pressões relacionadas às atividades humanas, como perda de habitat e outras influências.
Além do ICMBIO, apoiaram o trabalho, Whaldener Endo, professor da UFRR, Henrique Gonçalves, analista ambienta do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Carnívoros, a colaboradora como mestranda Natusha Costa, indígenas da Comunidade Boqueirão, vizinha da Estação Ecológica de Maracá, que fazem parte do Projeto Mosuc (Motivação e Sucesso em Unidades de Conservação), uma parceria do IPÊ, Conselho Indígena de Roraima.