Conheça os paratletas da região Norte que garantiram medalha nos jogos de Tóquio

Dos 13 atletas nortistas que representaram o país no Japão, seis garantiram um lugar no pódio e trouxeram na bagagem medalhas paralímpicas

As disputas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio se encerraram neste domingo (5) e o Brasil se despediu com 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, na sétima colocação no quadro de medalhas. Trata-se da melhor participação da delegação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos.

Dos 13 atletas nortistas que representaram o país no Japão, seis garantiram um lugar no pódio e trouxeram na bagagem medalhas paralímpicas, sendo uma de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Conheça abaixo os paratletas medalhistas da região Norte:

Mateus Evangelista, bronze no salto em distância

Foto: Ale Cabral/CPB

Na hora do parto, Mateus teve falta de oxigenação no cérebro e, como sequela, o lado direito de seu corpo ficou comprometido. Aos 12 anos, assistiu a uma palestra sobre esporte paralímpico em sua escola. Decidiu falar com os responsáveis para conhecer as modalidades e começou no atletismo. O rondoniense saltou 6,05 metros e garantiu sua segunda medalha paralímpica.

Jerusa Geber, bronze nos 200 m

Foto: Takuma Matsushita/CPB

A acreana Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. Em 2019, Jerusa se tornou a primeira atleta cega a correr os 100m abaixo dos 12s. Jerusa conquistou sua quarta medalha em Paralimpíadas.

Lucilene de Sousa, prata no revezamento 4x100m livre misto

Foto: Alexandre Schneider/CPB

Lucilene nasceu em São Miguel do Guamã, no Pará, com atrofia no nervo ótico, o que resultou em baixa visão. Antes de ser nadadora, jogou goalball por influência do irmão mais velho, Josermarcio, e conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens da modalidade, em 2017, em São Paulo. Depois disso, decidiu migrar para a natação paralímpica. A paraense garantiu sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos.

Josemarcio Sousa, medalha de ouro no goalball masculino

Foto: Ale Cabral/CPB

Josemarcio nasceu com distrofia no nervo ótico. O atleta conheceu o goalball por meio do irmão, também jogador, e a treinadora o convidou a experimentar o esporte, se tornando sua paixão. Foi convocado pela primeira vez para a Seleção em 2013. Após o bronze nos Jogos do Rio em 2016, o “Parazinho” (como é conhecido) fez parte da seleção que conquistou o lugar mais alto do pódio.

Bruna Nascimento, medalha de bronze no vôlei sentado feminino

Foto: Fabio Chey/CPB

Aos 24 anos, a paraense Bruna sofreu um acidente de moto e amputou a perna esquerda acima do joelho. Em 2016, experimentou o vôlei sentado após um treinador insistir por dois anos que ela fosse a um treino e, desde então, não parou de praticar a modalidade. Foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira no fim de 2019.

Laiana Rodrigues, medalhista de bronze no vôlei sentado feminino

Foto: Fabio Chey/CPB

A manauara Laiana era atleta convencional de voleibol e aos 18 anos teve dengue hemorrágica e a manifestação da síndrome de Guillain Barré, doença autoimune. Suas pernas ficaram paralisadas e seu pé direito caído. Ela conheceu a modalidade paralímpica 15 anos depois, aos 33 anos. O terceiro lugar da seleção feminina iguala o resultado das Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, da qual Laiana também fez parte.

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