Também conhecida como cobra-voadora, a Jequitiranabóia é um inseto inofensivo cuja aparência lembra a de uma serpente e a cabeça de um jacaré.
Cobra-de-asa, cobra-voadora, cigarra-doida e jacaré-namboya. Esses são alguns dos muitos apelidos que a Jequitiranabóia recebe. Seu nome deriva do Tupi-Guarani e significa “cigarra parecida com cobra”. Mas a verdade é que o animal não é nem um, nem outro.
A Jequitiranabóia é um inseto que vive basicamente em florestas tropicais, habitam muitos países da América do Sul, quase todo o Brasil, Venezuela, Peru e Colômbia, sendo muito encontrado na Amazônia.
O Portal Amazônia mostra algumas curiosidades sobre o inseto. Confira a seguir:
A primeira vista, o que mais chama atenção para o animal é o seu formato: Sua cabeça lembra a de um jacaré, com falsos olhos protuberantes e dentes afiados. O corpo remete à espécies de cobras como a jararaca devido a uma mancha semelhante.
Além disso, possui um estilete sugador para alimentação, popularmente associado a um “ferrão”. Você provavelmente deve estar imaginando que devido a todas essas características, a jequitiranabóia deve ser um animal extremamente venenoso ou perigoso para seres humanos.
Mas não é nada disso. O inseto, que pode chegar a medir 9,5 centímetros de comprimento, nunca foi responsável por registros de mortes em humanos. Contudo, pode haver ferroada por manuseio incorreto e eliminação ocasional de substâncias tóxicas (terpenóides) armazenadas de plantas consumidas pelo animal.
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Apesar de não se ter o registro de morte por estes insetos, há muitos mitos e lendas que cercam o animal. Por exemplo, aqui na região há a crença de que apresenta um veneno mortal para homens e animais, capaz de ressecar árvores das quais se alimenta.
Em alguns países que compõem a Amazônia Internacional a pessoa ferroada pelo inseto deve ter relações sexuais em até 24 horas para não morrer. Outro fato interessante sobre a jequitiranabóia é que mesmo seu habitat sendo em florestas tropicais, às vezes podem ter ocorrências nas cidades pois são atraídos pelas luzes urbanas.
Algumas espécies desenvolvem eventualmente a bioluminescência devido a bactérias patogênicas no abdômen e cabeça.
Mesmo com seu destaque cultural, o jequitiranabóia pode figurar na lista de espécies ameaçadas de extinção em razão da destruição frequente das florestas.