Cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) têm coletado e catalogado bactérias em áreas degradadas próximas a nascentes de rios para reutilizá-las de forma sustentável. O projeto testa a utilização dos micro-organismos na saúde e na agropecuária.
A equipe identificou os micro-organismos nos estômagos de insetos que se alimentam de detritos, em áreas com alta concentração de mercúrio.
“Essas bactérias estão sendo catalogadas e estamos estudando os usos para fins agropecuários e combate a doenças causadas pelo Aedes aegypti, como a dengue. Temos pelo menos 13 materiais genéticos com potencial para descoberta de novas espécies ou de registros dessas espécies associadas a essas áreas”
explica Adilson Pacheco, coordenador do projeto e pesquisador da UFMT.
O projeto é um dos 67 selecionados pelo PDPG na Amazônia Legal, que tem como objetivo fomentar propostas de Planos de Desenvolvimento de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em áreas estratégicas da região: biotecnologia, biodiversidade, conservação e recuperação ambiental, saúde pública, doenças tropicais e tecnologias para o trabalho em saúde, combate e prevenção voltadas ao enfrentamento de epidemias, engenharias e tecnologias de informação e comunicação, clima energia e recursos hídricos, produção animal e vegetal sustentável, diversidade sociocultural e atividade socioeconômica.
Os trabalhos envolvem três PPG. Além de Ciências Ambientais: o PPG em Zoologia, PPG em Ecologia e Conservação da Biodiversidade. A atuação conjunta dos programas irá consolidar aqueles que ainda não contam com curso de doutorado. O investimento é de até R$627,2 mil por projeto.