Adalberto Luis Val recebe prêmio da Fundação Bunge por contribuição com estudos sobre a Amazônia

Cerimônia de entrega de um dos mais importantes reconhecimentos de méritos científico, literário e artístico do País ocorrerá em setembro, na capital paulista.

O Prêmio Fundação Bunge, um dos mais importantes reconhecimentos de méritos científico, literário e artístico do País, anunciou os contemplados em sua 67ª edição no último dia 24 de julho. O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Adalberto Luis Val, foi o escolhido na categoria ‘Vida e Obra‘ no tema ‘Soluções baseadas na natureza para agricultura sustentável e inclusiva’. 

De acordo com a Fundação, a escolha do pesquisador, que é natural de Campinas (SP) se deu “por seus trabalhos em bioindicadores para a qualidade ambiental, peixes e seus ambientes, uso sustentável de recursos naturais e ecotoxicologia”, realizados na Amazônia

Atuante no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA-MCTI), em Manaus (AM), desde 1981, envolveu-se com análises das necessidades da Amazônia relacionadas à educação, ciência e tecnologia.

Em suas redes sociais, Val agradeceu a honraria:

“Feliz! Ganhar o premio Bunge é singular distinção. É reconhecimento de uma vida construída a muitas mãos. Obrigado a todos, em especial à minha mãe, a parceira de sempre, Vera, meus filhos, os estudantes do LEEM, os amigos e colegas de todos os lugares”.

Adalberto Luis Val

Foto: Érico Xavier/Fapeam

Neste ano, o Prêmio contou com um número recorde de indicados. Ao todo, 120 pesquisadores foram recomendados por instituições públicas e privadas de ciência no país para serem homenageados, um aumento de 54% em relação a 2022, quando o Prêmio recebeu 78 indicações.

Eles foram avaliados por comissões técnicas formadas por especialistas em ciências agrárias e ciências humanas e sociais, áreas contempladas pela edição 2023 do Prêmio.

Os contemplados receberão medalha de ouro e premiação em dinheiro. A cerimônia de entrega do prêmio ocorrerá em setembro, na capital paulista.

“É uma grande alegria para nós homenagear cientistas que desenvolvem pesquisas de excelência em nosso país. O Prêmio Fundação Bunge visa incentivar a ciência nacional e de certa forma inspirar futuros pesquisadores. Só teremos um país desenvolvido se incentivarmos a ciência, a pesquisa e a inovação”, afirma Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge.

Vida e Obra: Adalberto Luis Val 

Biólogo, com pós-doutorado na Universidade da Columbia Britânica, Canadá, estuda adaptações biológicas às mudanças ambientais, tanto aquelas de origem natural como aquelas causadas pelo homem, em ambientes naturais e de criação (aquicultura). No INPA-MCTI desde 1981, envolveu-se com análises das necessidades da Amazônia relacionadas a educação, ciência e tecnologia. 

Como membro de sociedades científicas nacionais e estrangeiras, organizou mais de duas dezenas de eventos no Brasil e no exterior. Publicou mais de 210 trabalhos inéditos em periódicos nacionais e estrangeiros, mais de 20 capítulos de livros e livros; entre estes, ‘Fishes of the Amazon and their Environment pela Springer Verlag’ e ‘The Physiology of Tropical Fishes pela Academic Press (2006)’. 

Tem apoio financeiro de agências brasileiras (CNPq, CAPES e FAPEAM) e estrangeiras (International Copper Association e The Leverhulme Trust) e atualmente coordena o INCT ADAPTA. 

Orientou mais de 120 estudantes em nível de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico em 2002 e o Prêmio Excelência da American Fisheries Society em 2004. Em 2005 foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências e atuou como seu vice-presidente para a Região Norte de 2007 a 2012 e de 2019 em diante. 

Foi diretor geral do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia de 2006 a 2014. Em 2008 recebeu a Grande Ordem do Mérito Legislativo do Estado do Amazonas e em 2013 foi admitido na classe Grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Em 2015 recebeu o título de cidadão do Amazonas. 

Em 2016 recebeu a honrosa homenagem Anísio Teixeira da CAPES/MEC. Em 2017 foi credenciado como professor adjunto da Escola de Pós-graduação da Universidade de Laval, Quebec, Canadá. Em novembro de 2021 foi eleito membro de pleno direito da Academia Mundial de Ciências (TWAS).

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