Ação solidária ajudará indígenas Yanomamis afetados por garimpos ilegais e a pandemia da Covid-19

A empresa de chocolate “De Mendes” surgiu em 2014 e aposta em sabores da Amazônia

Ações de garimpos ilegais e a pandemia da Covid-19 tornaram difícil a vida de indígenas Yanomamis. Visando ajudar e chamar atenção para causa, a empresa de chocolates amazônicos “De Mendes” lançará uma ação solidária onde 100% do valor arrecadado, referente a venda do Chocolate Yanomami, será doado para a Associação Hutukara, dos Yanomamis.

A ação será simples e qualquer pessoa pode participar. A cada compra feita pelo site oficial da empresa e que inclua uma barra de “Chocolate Yanomami – 69% Cacau” gerará um código e, a partir dele, o cliente terá a chance de concorrer a um sorteio de cinco kits de chocolates”De Mendes”. 

De acordo com o dono da empresa, César de Mendes, os produtos criados exalam a essência da Amazônia. “Antes de tudo, sou amazônida, nasci no Amapá, mas cresci em Belém, então, tenho todos os motivos para agregar a Amazônia dentro dos produtos que fabricamos”, destacou o empresário.

Sobre o apoio aos indígenas Yanomamis, o empresário acredita que o dever de qualquer amazônida é proteger aqueles que não podem lutar sozinhos. “Fui indicado pelo Instituto Socioambiental para ensinar comunidades Yanomamis a fazerem o cacau fino que é uma tecnologia social. Me identifiquei muito com essas comunidades tradicionais. Após o trabalho, decidimos lançar um rotulo de chocolate com o nome Yanomami”, explicou.

Foto: Divulgação

Sobre a empresa

A Chocolate De Mendes surgiu em 2014. César de Mendes, que já trabalhava com produção de chocolate, transformou seu olhar e toda a cadeia produtiva para a nova empreitada. Antes, o chocolatier trabalhou como professor, pesquisador e consultor de empresas na área de tecnologia de alimentos.

Nessa trajetória, logo percebeu que havia sempre uma expectativa das pessoas de encontrar algo mais exótico, mais alusivo à cultura amazônica. E em se tratando de chocolate, isso não existia na região. Os produtores buscavam reproduzir técnicas e a estética dos chocolates europeus de maior tradição, mas os turistas queriam experimentar um chocolate com a marca amazônica.

A busca pelo cacau nativo, levou De Mendes a criar parcerias com comunidades tradicionais da Amazônia, que recebem treinamento para a produção de cacau fino. Isso inclui colheita, seleção, fermentação e secagem.

Hoje o trabalho desenvolvido pela De Mendes tem viés cultural e dois diferenciais: uso exclusivo de cacau nativo da Amazônia e associação com comunidades tradicionais no processo produtivo.

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