‘Amazônia Que eu Quero’ realiza Canvas de Políticas Públicas sobre Conectividade no Amapá.

Alunos da Universidade Federal do Amapá e o pesquisador Rafael Pontes foram os convidados do Canvas de Políticas Públicas que discutiu o tema: Conectividade na Amazônia.

Manaus (AM)- A Fundação Rede Amazônica (FRAM) através do programa ‘Amazônia Que Eu Quero’ realizou nesta quinta-feira (20) mais um Canvas de Políticas Públicas. Desta vez, o tema foi “Conectividade na Amazônia”. O evento reuniu acadêmicos de jornalismo, da Universidade Federal do Estado (Unifap).

O Canvas foi mediado remotamente pela coordenadora do projeto, Débora Holanda, com base na metodologia Politize. O professor do curso de jornalismo da UNIFAP, Jacks Andrade, foi o responsável por auxiliar os alunos:

“A oportunidade de participar do Canvas de políticas públicas sobre conectividade foi excelente e fundamental para contribuir na formação desses futuros jornalistas, que são da Amazônia, e em sua maioria, pretendem atuar na própria Amazônia. Então essa experiência hoje, de trabalhar e estimular esse pensamento crítico, nos alunos do curso de jornalismo aqui na Universidade Federal do Amapá, foi uma experiência muito gratificante.

E, enquanto professor, desses alunos, eu fiquei muito orgulhoso e muito feliz ao ver o desenvolvimento deles, o engajamento, a participação e a contribuição, de fato dele, na busca por soluções aos problemas que eles próprios identificaram no estado do Amapá e na Amazônia como um todo, com relação à conectividade.

A gente pôde perceber, a apropriação de muitos temas que foram levantados em sala de aula. E esses alunos se apropriaram desse tema, demonstraram ali que de fato, houve a construção do conhecimento proposto em sala, e eles aproveitaram esse conhecimento e aplicaram nessa proposta de hoje, nessa dinâmica, então o resultado foi muito positivo. E para mim, enquanto professor foi um orgulho enorme, poder acompanhar e poder participar, desse momento, de construção coletiva dessas propostas, para os problemas e para o cenário de conectividade que nós temos aqui na Amazônia”. Declara o professor do curso de Jornalismo, Jacks Andrade.

Rafael Pontes, Graduado em Ciência da Computação pela PUCMINAS, Mestre em Desenvolvimento Regional pela UNIFAP, Doutor em Educação Matemática pela UFMT/REAMEC e Professor Associado do curso de Ciência da Computação e dos programas de pós graduação: Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência Tecnológica e Mestrado em Educação Inclusiva da Unifap, também foi um dos grandes convidados do evento. Ele abriu o Canvas de políticas públicas, contextualizando os alunos sobre a história da internet no brasil e os principais desafios da conectividade na Amazônia.

“Para além dos desafios de logística e infraestrutura, penso que um dos maiores desafios para debater sobre conectividade na Amazônia seja olhar para as necessidades das pessoas. Não podemos esquecer que a tecnologia é apenas um instrumento para atender as pessoas. Entender os problemas, as dores: esse é o sentido real da ciência da computação, da internet das coisas e das pessoas”. Destaca Rafael.

“Não dá pra falar sobre cidades inteligentes, sem falar de conectividade na Amazônia, e para além disso, sem falar sobre inclusão digital e acesso à educação, saúde, por isso, foi uma honra, poder participar desse evento hoje, poder contar um pouco da história, que eu vivi in loco, como professor, como gestor de projetos, como gestor público, e pude acompanhar, desde o início a história da internet no estado do Amapá, a evolução, o status atual, e também contar um pouco do que vem acontecendo hoje, de projetos, que estão se desenvolvendo, na figura hoje de representante da rede nacional de pesquisa no país, a organização social que lidera esse processo de ampliação, capilarização e interiorização da internet em todos os estados, como uma execução de política pública, por meio do Ministério da Educação e Ministério da Ciência e Tecnologia.” Explica o convidado, Rafael Pontes.

Após a fala de abertura, os alunos foram divididos em grupos, com o objetivo de discutir propostas de intervenção para os principais problemas de conectividade no estado no Amapá.

“Após a discussão com o meu grupo, chegamos ao consenso que um dos outros problemas maiores da internet no estado é a falta de mão de obra qualificada”. Afirma Rayane Cruz.

Manoel Santos também chamou atenção dos colegas para um outro problema recorrente na região: A falta de conectividade rural para os povos originários, em especial para os ribeirinhos, povos indígenas do Oiapoque e a população quilombola, que infelizmente ainda não estão incluídos nesse processo.

Na última etapa da aplicação do Canvas, os alunos entregaram as soluções para os problemas levantados. Essas propostas, segundo a Coordenadora do projeto, Debora Holanda, serão todas reunidas e após um processo de seleção, serão inseridas no caderno final do Amazônia Que eu Quero.

“Nossa proposta é dar um espaço maior para os alunos, para as discussões que vem das Universidades, que são justamente as pessoas que estão dentro do meio acadêmico, do meio universitário, com a mão na massa. Nosso objetivo é que eles possam participar mais ativamente do exercício da cidadania e entender o papel que eles possuem, tanto no que se refere à fiscalização e quanto à proposição de políticas públicas transformadoras.” Ressalta a Coordenadora, Debora Holanda.

Por tudo o que foi exposto até aqui, fica cada vez mais evidente que o debate sobre conectividade, se faz cada vez mais urgente e necessário. Afinal, como disse o especialista Rafael Pontes:

“Pessoas conectadas tornam cidades mais inteligentes, ambientes mais inteligentes, colaborativos e integradores, o que nos permite o melhor desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação para o desenvolvimento social e econômico do país”

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Até o próximo Canvas! 

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