Podendo chegar a 20 centímetros, a mini-jiboia foi encontrada na Reserva Nacional Colonso Chalupas, na província de Napo, e na Reserva Privada Sumak Kawsay, em Pastaza.
Mais uma descoberta na fauna amazônica surpreendeu o mundo científico na primeira semana de 2023. Um grupo de cientistas revelou a descoberta de uma nova espécie de jiboia-anã encontrada na Amazônia equatoriana.
Batizada de Tropidophis cacuangoae, em homenagem à ativista equatoriana Dolores Cacuango, pioneira na luta pelos direitos dos indígenas e fundadora das primeiras escolas bilíngues do Equador.
Podendo chegar a 20 centímetros de comprimento e com cores e padrões muito similares aos de uma jiboia convencional, os dois exemplares usados no estudo foram encontrados na Reserva Nacional Colonso Chalupas, na província de Napo, e na Reserva Privada Sumak Kawsay, em Pastaza.
O mais curioso dessa espécie é que ela apresenta uma pélvis vestigial, característica das serpentes primitivas, evidência da redução das extremidades nos répteis escamosos há milhões de anos, produto das pressões climáticas no período Quaternário.
A pesquisa durou quatro anos e contou com o pesquisador equatoriano Mario Yánez, do Instituto Nacional de Biodiversidade (Inabio); Mauricio Ortega, também equatoriano; o norte-americano Alexander Bentley; a alemã Claudia Koch; e o brasileiro Omar Machado Entiauspe Neto. Os resultados foram publicados no fim de dezembro na revista científica European Journal of Taxonomy.
O Ministério do Meio Ambiente do Equador afirmou que a descoberta elevou para seis o número de espécies do gênero Tropidophis, que é encontrado apenas na América do Sul. A nova espécie de jiboia-anã é considerada endêmica do Equador e seu habitat está nas florestas de altitude, que são áreas chuvosas, úmidas e com neblina.