Nascente do rio Amazonas a caminho de se tornar uma área natural protegida no Peru

O governo regional de Arequipa coordena a iniciativa com o Ministério do Meio Ambiente peruano.

A criação de uma área natural protegida na nascente do rio Amazonas, ao redor do nevado Mismi, localizado na província de Caylloma, conservará o habitat onde nasce o maior e mais longo rio do mundo, evitará sua predação e a perda de um dos principais afluentes de água do planeta. A afirmação é do Governo Regional de Arequipa, que coordena ações com o Ministério do Meio Ambiente (Minam) no Peru.

A proposta de criação de uma área natural protegida na nascente do rio, ao redor da montanha nevada Mismi, já foi reconhecida pelo Governo Regional de Arequipa através da Portaria Regional 137-2011-GRA, na qual foi considerada um sítio prioridade para a conservação do Vale do Colca .

O gerente da Autoridade Ambiental Regional de Arequipa (Arma), Milber Epiqué Rivera, destacou que a montanha nevada Mismi é uma das principais fontes de água da província de Caylloma, que há anos perdeu sua cobertura glacial devido às mudanças climáticas.

Ele destacou que se trata de um processo irreversível que na cordilheira glacial de Chila, da qual faz parte a montanha nevada Mismi, fica evidente na diminuição da água captada nos degelos, na menor espessura do gelo do resto das geleiras adjacentes, a redução da água nas barragens, o aumento da temperatura e da evapotranspiração.

A nascente do rio Amazonas, ao redor do nevado Mismi, em Arequipa, poderia se tornar uma área natural protegida. Foto: Reprodução/Agência Andina

Reuniões de trabalho 

Para tratar do tema, foram agendadas reuniões de trabalho com o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp) em outubro, com apoio do Ministério do Meio Ambiente para buscar alternativas de proteção.

A proposta, segundo o governo, é de grande importância para o meio ambiente e para o turismo, visto que se trata de um geossítio dentro do território do Geoparque Cânion do Colca e Vale dos Vulcões Andagua, declarado pela UNESCO. Portanto, a geoconservação da sua biodiversidade e o desenvolvimento sustentável são prioridades. 

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