Golfinho gigante de água doce viveu há 16 milhões de anos na Amazônia peruana, aponta pesquisa

A espécie foi batizada de Pebanista yacuruna, nome que homenageia um povo aquático mítico – os Yacuruna.

Seres místicos, peculiares e que atraem a atenção de todos: os golfinhos são denominados por, majoritariamente, serem de água salgada. Na Amazônia, existe o seu “primo”, que é o boto, também de igual encanto para quem o vê.

Contudo, um estudo publicado em março de 2024 na revista Science Advances, aponta que a Amazônia peruana já foi berço dos golfinhos de água doce que podem ser os maiores reconhecidos pela ciência. A espécie tinha até 3,5 metros de comprimento.

Crânio de Pebanista yacuruna. Foto: Reprodução/Science Advance

A descoberta se deu durante uma expedição de pesquisadores ao Peru, em 2018, conduzida por Aldo Benites-Palomino, da Universidade de Zurique, na Suíça. A equipe localizou um crânio fossilizado do animal saindo da margem de um rio e soube imediatamente que era um golfinho.

A nova espécie foi batizada de Pebanista yacuruna, nome que homenageia um povo aquático mítico – os Yacuruna – que se acredita habitar cidades subaquáticas na bacia amazônica.

A fauna na região era bastante rica, com ampla variedade de peixes, tartarugas e crocodilos, além de pequenos e grandes mamíferos. Outra razão que explica o tamanho de gigante do Pebanista yacuruna é a falta de competição e de predadores diretos.

Esses golfinhos não eram os únicos gigantes da região. Durante o Mioceno, outros animais de grande porte também habitaram a região da Amazônia, como peixes e crocodilos.

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