Dicefolk: jogo peruano de tática de dados é inspirado em lendas da Amazônia e do mundo

As “quimeras” e itens do videogame são inspirados na Amazônia peruana.

Após os premiados jogos peruanos Arrog e Tunche, a produtora Leap Game Studio lançará em 21 de fevereiro o Dicefolk, uma nova aposta para PC na plataforma Steam, inspirada em culturas e lendas de todo o mundo.

Luis Wong, produtor da Leap Game Studio, explica que o jogo peruano foi realizado em coprodução com o estúdio francês Tiny Ghoul, que, assim como o estúdio peruano, trabalhou com renomadas empresas de jogos como NetEase, Ubisoft, Darjeeling e Lucky Kat Studios.

Dicefolk é um jogo rogue-like (subgênero de jogo RPG), tático, baseado em dados e mecânicas de captura de monstros. O jogador se torna um Invocador de Quimeras e deve não apenas recrutar o esquadrão perfeito, mas também ser habilidoso ao usar dados mágicos para vencer as batalhas.

O jogo peruano nasceu no início da pandemia de Covid-19, com financiamento do editor Good Shepherd Entertainment, e já possui um trailer que mostra a mecânica do jogo.

O jogo é um roguelike com mecânica de captura de monstros. Imagem: Divulgação

Os jogadores de Dicefolk poderão desafiar as probabilidades controlando os turnos tanto de seu esquadrão quanto do time inimigo. Os usuários deverão criar estratégias e adaptar seus estilos de jogo para se adequar a cada batalha.

“Trabalhamos no trailer por alguns meses. Fizemos várias testes como usuários, o feedback foi muito bom e estamos satisfeitos”, comenta. 

Confira:

A história mítica de Dicefolk 

A humanidade está à beira da extinção em Morning Reach. O feiticeiro Salem fez com que as Quimeras, bestas mágicas, atacassem os humanos. No entanto, os Dicefolk, um grupo de povos nômades, conseguiram sobreviver graças ao seu poder único: a capacidade de dobrar a vontade de todos os seres vivos com a ajuda de dados mágicos que apenas eles podem controlar. 

O jogo começa quando Alea, uma jovem heroína dos Dicefolk, percebe que pode usar esse poder para se defender de Salem, tornando-se amiga das Quimeras. Equipada com um antigo talismã que parece influenciar a vontade das Quimeras de desobedecer a Salem, ela parte em uma missão para matar Salem e libertar sua terra das garras do inimigo.

O jogo Dicefolk está disponível em chinês, francês, alemão, japonês, coreano e espanhol. Além disso, inclui diálogos em inglês e uma trilha sonora original. Em chinês, o título é diferente, mas está diretamente relacionado à tática de um jogo de dados.

Este jogo peruano tem inspiração em Pokémon, um jogo popular que se baseia na “captura” de criaturas com diferentes habilidades.

“No geral, o jogo também é inspirado em culturas, pois as criaturas – que no jogo são as quimeras – são representações de muitas lendas… Essa característica permitirá dar mais coesão ao universo que criamos”, indica. “Ao mesmo tempo, permitirá atrair um público mais amplo que identificará as lendas de sua cultura na história de Dicefolk”.

“Há itens e quimeras identificáveis da cultura peruana, por exemplo, algumas serpentes da Amazônia. Os jogadores do Peru e da América Latina vão identificar”,

assegura Wong.

Além disso, Dicefolk também é inspirado no popular jogo Slay the Spire, que permite manusear um baralho de cartas em um estilo rogue-like. 

O jogo independente mais ambicioso

Este jogo peruano é o projeto mais ambicioso da LEAP, que reuniu sua equipe de desenvolvimento com mais de dez anos de experiência para trabalhar neste título independente.

“É o projeto mais extenso que fizemos com propriedade intelectual própria, e os processos foram melhores, mais organizados, e trabalhamos de maneira saudável, em nossas horas. Estamos satisfeitos com isso”, destaca.

“Iremos ver como o jogo se sai e determinar se há mais conteúdo para o jogo ou plataformas, como no caso de Tunche, que foi lançado primeiro no PC”, comenta. A partir de 27 de fevereiro, Dicefolk estará disponível na plataforma Steam para computadores.

“Lançar um jogo é muito gratificante, pois faz as pessoas se divertirem. Acredito que esse é o impulso que nos motiva a todos a continuar fazendo esse tipo de projetos, então, encorajo todos que desejam criar conteúdo ou realizar projetos de jogos a fazê-lo, obtendo a orientação adequada e calculando os riscos. É muito divertido, é o que nos preenche, e estamos fazendo isso há quase 12 anos”, confessa.

Em sua opinião, 2024 será um ano desafiador para a indústria de jogos devido às notícias sobre o fechamento de editores ou demissões de algumas empresas do setor. Felizmente, a LEAP tem mais projetos a caminho, além de ter reorganizado sua equipe, incluindo produção para terceiros, principalmente jogos para a web. 

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