O híbrido tambacu é o resultado do cruzamento de ovócitos de uma fêmea do tambaqui e o sêmen do macho de pacu-caranha
O híbrido tambacu é o resultado do cruzamento de ovócitos de uma fêmea do tambaqui (Colossoma macropomum) e o sêmen do macho de pacu-caranha (Piaractus mesopotamicus).
Segundo o professor doutor em Biologia Aquática e Pesca Interior pelo Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Heitor Martins Junior, primeira produção de híbridos interespecíficos de peixes nativos no Brasil que envolvem matrizes de bacias hidrográficas distintas, o tambaqui endêmico da bacia Amazônica, e o pacu, endêmico da bacia do Prata (rios Paraná, Paraguai e Uruguai).
Entre as características do tambacu estão:
- Cabeça menor do que o tambaqui;
- Um pouco mais de carne;
- Teor de gordura mais baixo que suas espécies genitoras;
- Em termos de sabor, não há percepção pelos consumidores;
- O tambaqui é o único peixe com a nadadeira adiposa preenchida com pequenas escamas e apresenta espinhos ou raios nesta nadadeira. O híbrido tambacu apresenta esta nadadeira lisa, sem escamas e de forma lobada;
- Mudança do padrão de coloração também muda;
- O tambacu, normalmente, apresenta uma marcação mais amarelada na parte ventral corpo e nas nadadeiras ventrais;
- O tambacu parece ser mais redondo que o tambaqui, pois o pedúnculo caudal (região da porção final do corpo junto a nadadeira da cauda) é levemente reduzido.
No universo científico e produtivo, o mercado aquícola nacional tem motivado a produção de híbridos, pois uma ou as duas espécies genitoras pode transferir características desejáveis e vantajosas ao híbrido desenvolvido.