Barés (etnia)

Etnia que perdeu seu idioma por influência da colonização, agora luta para manter suas tradições por meio das crenças e ritos. 

Foto: Reprodução/Associação Comercial do Amazonas

Os indígenas Barés habitam principalmente ao longo do Rio Xié e alto curso do Rio Negro, no Amazonas. Sua migração ocorreu de forma compulsória para esta região, principalmente por serem marcados negativamente pelo contato com não-indígenas, sofrendo as máculas da violência exploratória do trabalho extrativista.

Seu dialeto costumava ser relacionado às línguas da família Aruak. Entretanto, por conta do contato com missionários, durante o período de colonização, acabaram por adotar a Língua Geral ou nheengatu (forma simplificada do antigo Tupi).

A maioria da população dessa etnia vive em comunidades, geralmente compostas por casas de pau-a-pique, capelas (protestantes ou católicas), escolinhas e um posto médico, apesar de não ser necessariamente uma organização definitiva, considerando que existem comunidades que constam apenas com as casas de moradias. Sua população se dispersa por cerca de 140 sítios e povoados, onde residem por volta de 3200 pessoas.

É das margens do rio que os Barés desenvolvem boa parte de suas atividades: transporte, lazer, higiene pessoal e preparação de alimentos. O rio não é apenas sua morada, mas um meio de subsistência. Outra meio de subsistência dos Barés é a agricultura, com plantio de mandioca, batata, abacaxi, batata, cana, dentre outros artigos alimentares.

Por terem perdido seu idioma, por influência da colonização, os indígenas da etnia Baré lutam para preservar sua história, por meio da manutenção de suas crenças, lendas e ritos, mantendo vivas tradições como o kariamã, rito em que jovens do sexo masculino passam uma semana de jejum na floresta, aprendendo a criar seus utensílios de caça e a tocar seus instrumentos sagrados, visando serem iniciados a vida adulta. 

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