Há quase 10 mil anos, a região onde hoje é Iranduba, recebia os primeiros habitantes da Idade da Pedra Lascada, os caçadores-coletores.
Muito se sabe sobre a ocupação indígena na Amazônia até a chegada de portugueses e espanhóis em meados do século XV e XVI. Mas bem antes desse período, registros históricos encontrados em sítios arqueológicos no município de Iranduba, distante cerca de 25 quilômetros em linha reta de Manaus, indicam que essa região esteve ocupada desde 7510 a.C até aproximadamente 2550 a.C.
Esse período de tempo coincide com evidências arqueológicas que afirmam que a presença humana no território hoje ocupado pelo Brasil data de 12 mil anos. Ou seja, muito antes dos indígenas e das sociedades organizadas que conhecemos no Brasil desde a colonização, esse território no Amazonas já era habitado.
Mas quem eram essas pessoas? De onde vieram? O Portal Amazônia esclarece alguns questionamentos.
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Pelo menos duas rotas migratórias contribuíram para o deslocamento na América pré-colombiana, antes da chegada de Cristóvão Colombo na América.
A primeira é a migração através do Estreito de Bering. Nessa onda migratória, os humanos passariam pelo Estreito de Bering, passando pelo Alasca e de lá, partiram para o restante do continente americano.
Outra rota de deslocamento seria a do oceano pacífico. Como a altura do mar era mais baixa e havia mais ilhas ao longo do oceano, os seres humanos puderam vir navegando à Patagônia e à região que hoje corresponde ao Brasil.
Ocupação em Iranduba
Nessas ondas migratórias, a partir 7510 a.C, a Região onde hoje está o município de Iranduba foi ocupado por grupos de caçadores-coletores. O caçador-coletor tem seu sustento adquirido pela caça de animais selvagens e plantas silvestres.
Esses homens fabricavam instrumentos líticos, materiais feitos de pedra, como machados e utensílios para moer e cortar e acampavam em áreas conhecidas hoje como campinaranas, que é um tipo de vegetação da região amazônica que se diferencia da floresta Amazônica pela flora distinta e pelo porte menor das árvores e caules mais finos.
Após esse período há um hiato temporal até 300 a.C. com o surgimentos das primeiras ocupações de grupos ceramistas na região até o século XVI. Depois disso, a região conheceu época de grande prosperidade na última década do século XIX e primeiras décadas século XX, com o auge da era da borracha.