Atualmente, as unidades de saúde públicas e privadas utilizam, em média, 86 mil metros cúbicos de O2, um aumento de 186% em relação à primeira onda da Covid-19
O Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, contará com reforço para a geração independente de oxigênio medicinal (O2), a partir da instalação, nesta semana, de uma usina com capacidade para produzir 2.400 metros cúbicos/dia do insumo. É a maior entre os 69 equipamentos desse tipo, previstos para o Estado, no Plano de Contingência traçado para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. A unidade hospitalar está situada na zona centro-sul e é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM).
Segundo o titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima, o hospital receberá uma rede elétrica exclusiva para o abastecimento da usina. A instalação ocorrerá com o apoio da Amazonas Energia, concessionária que atua no Estado.
O aumento no consumo, em especial no mês de janeiro, gerou escassez do produto na região. Atualmente, as unidades de saúde públicas e privadas utilizam, em média, 86 mil metros cúbicos de O2, um aumento de 186% em relação à primeira onda da Covid-19 no Amazonas, ocorrida em meados de abril de 2020. Grande parte, impulsionada pelo aumento nas hospitalizações de pacientes com Covid-19.
Hoje, o HPS 28 é uma das principais unidades de atendimento a pacientes com Covid-19. Com a usina, que será destinada pela fornecedora de gases medicinais White Martins, haverá aumento na oferta de oxigenioterapia, fundamental ao atendimento especializado de pacientes com diversos tipos de alterações respiratórias.
O equipamento ajudará a manter o equilíbrio entre oferta e demanda do insumo na capital. Segundo o secretário de Estado da Saúde (SES-AM), Marcellus Campêlo, o equilíbrio na geração e consumo de O2 na rede pública de saúde do Amazonas, permitirá a ampliação do número de leitos em Manaus. Serão, ao todo, mais 350, conforme o planejamento, sendo 100 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 250 clínicos. O processo teve início na última semana, no Hospital de Campanha Nilton Lins, que ativou 60 unidades, sendo 22 de UTI.
Estratégia – A estratégia de implantar miniusinas na capital e no interior foi traçada a partir da cooperação entre os Governos do Estado e Federal. Os 69 equipamentos devem gerar, de forma independente, 31.800 metros cúbicos de oxigênio medicinal, volume considerado significativo. Dessas, 30 estão em fase final de aquisição pela SES.
Hoje, a produção local da planta industrial da White Martins é de, em média, 30 mil metros cúbicos/dia. O fornecimento é complementado pela parcela do produto que chega ao Estado, oriunda de outras unidades federativas e até de países vizinhos. O transporte conta com o apoio do Ministério da Defesa.