Taxa de transmissão diminui, mas Amazonas segue em alerta contra a Covid-19

Segundo FVS-AM, o Amazonas apresentou queda na média móvel de casos, na capital e no interior

O Amazonas apresentou redução na taxa de transmissão da Covid-19, segundo balanço epidemiológico apresentado nesta quinta-feira (04), pelo diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Cristiano Fernandes. De acordo com o levantamento divulgado, os dados apontam tendência de estabilidade, resultado da intensificação das medidas de prevenção e controle do novo coronavírus.

“Nós tínhamos, há duas semanas, uma taxa de 1.30, que significa que de cada 100 infectados, no intervalo de uma semana, os mesmos têm poder de transmitir para 130 pessoas. Nós éramos os primeiros e hoje o Amazonas está em 5º no ranking nacional. Esse número reduziu de 1.30 para 1.1. Significa que ainda temos uma alta taxa de transmissão, mas os dados têm mostrado a estabilidade e tendência de redução no número de casos”, ressaltou Cristiano.

Foto: Herick Pereira/Secom

Média móvel de casos e óbitos

O diretor-presidente da FVS-AM, em exercício, destacou que o Amazonas também apresentou queda na média móvel de casos, na capital e interior. “Manaus teve uma redução importante de 19%; e o interior uma redução de 8%. Ou seja, essa força, essa velocidade de transmissão tem caído principalmente no interior (proporcionalmente)”, avaliou Cristiano Fernandes.

Em relação aos óbitos, o Amazonas tem uma taxa de letalidade da Covid-19 elevada – a maior do país, segundo estudo da FVS-AM. No entanto, a média móvel de mortes também apresenta tendência de queda.

“Um indicador extremamente importante, a média móvel de óbitos nos últimos 14 dias, nós também temos apresentado uma redução tanto no interior, como na capital. No Amazonas, a média está em torno de 80 óbitos por dia. A capital tem média de 65 óbitos por dia; enquanto o interior, em torno de 20. Então a gente tem tendência à redução de número de óbitos por Covid”, pontuou Fernandes.

Ocupação de leitos – Ao apresentar a taxa de ocupação de 90% tanto para leitos clínicos, quanto para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), Cristiano defendeu o isolamento social como ferramenta capaz de conter o avanço do vírus e, consequentemente, a busca por leitos nas unidades de saúde.

“A gente faz um paralelo do ano passado com esse ano, mostrando que a gente já atingiu, em determinados momentos, mais de 60% de isolamento social. Isso faz toda a diferença no sentido de bloquear a transmissão, de diminuir essa força de transmissão. Ou seja, já começamos a ter resultados com as medidas que foram adotadas pelo Estado”, considerou o diretor-presidente.

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