Segundo ciclo de reabertura do comércio em Manaus terá início nesta segunda-feira

Para todas as atividades deste ciclo permanecem em vigor as regras gerais de distanciamento, higiene pessoal e sanitização

Acompanhando a redução dos números da Covid-19 no Amazonas, depois da rápida disseminação da doença colapsar o sistema público de saúde, o Governo do Amazonas segue com o plano de reabertura gradual do comércio, que teve início no dia 1º deste mês e acontece por meio de ciclos. O segundo ciclo do plano inicia nesta segunda-feira (15).

O governo aponta que a redução nos números do novo coronavírus no estado, como as hospitalizações por Covid-19, justificam a retomada da economia. O adiantamento do 13º salário de servidores foi anunciado como uma das medidas de auxiliar nessa retomada. De acordo com o plano apresentado aos representantes dos demais poderes de Estado, neste sábado (15), a nova fase terá mais atividades que as previstas inicialmente.

Apesar disso, cientistas alertam que os dados da Covid-19 em queda podem saltar após o relaxamento de medidas de isolamento em Manaus. Até este sábado (13), o Amazonas registra mais de 55 mil casos confirmados da doença, com mais de 2,4 mil mortes.

Foto: Patrick Marques/Rede Amazônica

Veja o que é permitido a partir desta segunda (15):

  • Restaurantes, cafés, padarias, fast-food e self-service, para consumo no local, com lotação máxima de 50%, brinquedotecas fechadas e funcionamento no máximo até 22h e às 23h, não podem mais ter clientes;
  • Atividades esportivas individuais ao ar livre;
  • Lojas de informática, comunicação, telefonia e materiais e equipamentos fotográficos;
  • Lojas de brinquedos;
  • Livrarias e papelarias;
  • Lojas de departamento e magazines;
  • Comércio de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
  • Lojas de eletrodomésticos, áudio e vídeo;
  • Comércio de animais vivos;
  • Comércio de bijuterias e semi-joias;
  • Comércio especializado de instrumentos musicais e acessórios;
  • Comércio de equipamentos de escritório;
  • Escritórios contábeis;
  • Escritórios de imobiliárias (stands de venda, não);
  • Assistência técnica de eletrônicos, eletrodomésticos e demais itens;
  • Bancas de jornais e revistas em espaços internos.

Para todas as atividades deste ciclo permanecem em vigor as regras gerais de distanciamento, higiene pessoal e sanitização, bem como de comunicação e monitoramento. Também permanece a determinação de que pessoas do grupo de risco só devem voltar às atividades a partir de 29 de junho, se mantidas as novas fases de reabertura e caso não haja recomendação médica contrária.

As medidas de distanciamento social incluem espaçamento de 1,5m entre pessoas, controle de aglomerações, entre outras; de higiene pessoal: uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool em gel 70%, desinfecção fora do estabelecimento, entre outras; e de sanitização de ambientes: desinfecção de superfícies, reforço na limpeza, boa ventilação, entre outras.

Também devem ser implementadas medidas de comunicação: orientação de funcionários, clientes e demais frequentadores quanto à suspeita ou confirmação de Covid-19; e monitoramento: acompanhamento da saúde dos colaboradores, de seus familiares e entes próximos, entre outras. A autorização para o funcionamento dos estabelecimentos poderá ser revista em caso de descumprimento dessas condições.

Coronavírus no Amazonas

Na quinta-feira (11), as unidades da rede Estadual de Saúde em Manaus registraram a menor taxa de ocupação de leitos de UTI durante a pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). O índice caiu para 54% em leitos de UTI e 31% em leitos clínicos na capital. No mês de abril, a taxa de ocupação chegou a 96%.

O colapso no sistema de saúde elevou drasticamente o número de mortes durante a pandemia no estado. Manaus está entre as seis capitais brasileiras que registraram mais de mil mortos pela Covid-19, e sofreu um colapso no sistema funerário.

Caixões passaram a ser enterrados em valas comuns, e até empilhados, no maior cemitério público da capital pela grande quantidade de mortes, elevando a média diária de enterros para 100. Entre o final de abril e início de maio, as mortes em Manaus ficaram 108% acima da média histórica.

Atualmente, a média de sepultamentos na capital está próximo do que era registrado antes da pandemia, mas a Prefeitura de Manaus informou que segue enterrando os corpos em valas comuns, enquanto observa o comportamento da Covid-19 diante da reabertura do comércio.

A população tem lotado ruas do Centro de Manaus e das principais regiões comerciais da cidade com a flexibilização da quarentena. O primeiro ciclo de reabertura do comércio em Manaus, de quatro ciclos, permitiu a reabertura de shoppings e diversos outros estabelecimentos.

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