A ação contribui para amenizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus na fonte de renda dessas famílias
As comunidades tradicionais da Amazônia passam por momentos de maior vulnerabilidade por conta da pandemia do novo coronavírus. Elas vivem principalmente do extrativismo sustentável e estão com suas fontes de renda prejudicadas pela pandemia da COVID-19.
Com o objetivo de ajudar as famílias que vivem em localidades mais afastadas na Amazônia, como é o caso de comunidades do interior de Lábrea e de Apuí o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) está realizando a ação social ‘Regatão do Bem’.
Batizada “Regatão do Bem” – em alusão à prática tradicional dos mercadores que percorrem os rios de barco, passando em vários povoados – a campanha do Idesam busca arrecadar alimentos para atender famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Para isso, o instituto está mobilizando influenciadores digitais, parceiros institucionais e empresas para levantar doações de alimentos e outros itens essenciais para essas comunidades.
“Com mais doações, poderemos atender mais associações e comunidades”, explica Paola Bleicker, diretora-executiva do Idesam.
A entrega dos mantimentos está acontecendo em parceria com as associações comunitárias que atendem as famílias. Até o momento, Associação dos Produtores Agroextrativistas do Rio Ituxi (Apadrit) e Associação Agroextrativista Aripuanã-Guariba (Asaga) foram escolhidas para participar da ação. Elas darão apoio para levar as doações às famílias associadas de Lábrea e Apuí, respectivamente.
Em Apuí, cerca de 70 pessoas que vivem do extrativismo no Projeto Agroextrativista (PAE) Aripuanã-Guariba têm inúmeras dificuldades, entre elas, acesso ao centro urbano (distante 110 quilômetros de Manaus) e as limitações dos serviços bancários, o dificulta o saque dos benefícios sociais disponíveis.
Essas famílias ainda enfrentam a redução de venda de seus produtos, o que afeta diretamente a renda e suprimento de necessidades básicas.
Em Lábrea, as famílias produtoras da Reserva Extrativista (Resex) Ituxi, relatam que as implicações da pandemia têm gerado dificuldades no acesso ao centro urbano, o que limita a chegada de alimentos e a busca pelos benefícios sociais. A pandemia também dificultou ainda mais o acesso a serviços de saúde e travou a comercialização dos produtos agroextrativistas.
O pontapé para a ação social Regatão do Bem contou com a parceria de empresas locais de Manaus, que por meio de lives de artistas nacionais arrecadou doações. Essa arrecadação resultou em quase 1 tonelada de alimentos, que serão enviados para as associações que representam essas comunidades.
Mas, é necessário ampliar essa rede de doações para que muitas famílias recebam a ajuda. Empresas, instituições ou pessoas físicas que queiram fazer parte da ação, podem entrar em contato com Idesam por meio das redes sociais no Facebook, Instagram ou Twitter (@idesam), ou fazer a doação diretamente no link : idesam.org/apoie.
No final da ação, o Idesam publicará relatório de prestação de contas, com informações sobre as entregas e as famílias beneficiadas.