Projeto Aliança prioriza comunidades distantes do Amazonas em ações de enfrentamento ao coronavírus

Desde o início das suas ações, no mês passado, a Aliança já garantiu assistência para mais de 32 municípios do Amazonas

Aliança estabeleceu critérios de priorização de ações. Dessa forma, as comunidades mais distantes de municípios sede, em região de difícil acesso, com mais de 100 famílias, muitas notificações de casos de coronavírus e óbitos confirmados pela doença, terão prioridade nas doações e atividades desenvolvidas pela iniciativa.

“Sabemos que as necessidades das comunidades são maiores que a quantidade de recursos que conseguimos arrecadar. Por isso, a FAS propôs esses critérios para que a Aliança estabeleça e direcione da melhor forma possível o apoio para as regiões afetadas”, explicou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.

Deste modo, comunidades em calhas de rios, como o Solimões, e em Unidades de Conservação (UCs), terão prioridade nos esforços dos parceiros do projeto Aliança. Os critérios de prioridades também avaliam as informações repassadas pelos membros da iniciativa, durante reuniões semanais que atualizam o avanço da Covid-19 no Amazonas.

Foto: Arthur Castr/FAS

Doações

Desde o início das suas ações, no mês passado, a Aliança já garantiu assistência para mais de 32 municípios do Amazonas. Famílias da etnia Kokama e de bairros, e comunidades próximas de Manaus serão beneficiadas com 1,5 mil cestas básicas doadas pela Fundação Maggi. Em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Amazonas (Sema), o projeto assegurou recursos para a confecção de 10 mil máscaras que serão distribuídas em sete UCs do Amazonas. As máscaras serão produzidas por associações de moradores.

Cem testes rápidos para detectar o coronavírus e um oxímetro foram doados para a comunidade indígena Três Unidos, localizada no rio Cuieiras. Do Instituto BioFao, a Aliança recebeu a doação de 600 medicamentos homeopáticos para ajudar a fortalecer o sistema imunológico dos pacientes nos municípios de Itapiranga e Iranduba.

Outro destaque é a parceria com o projeto Aus Ouvidos, que disponibilizará um serviço online de atendimento psicológico e escuta solidária para a população e profissionais de saúde que prestam assistência à pacientes com coronavírus.

Foto: Arthur Castro/FAS

Demandas

As diversas comunidades tradicionais atendidas pela Aliança relatam necessidades distintas, desde alimentos a equipamentos médicos, testes rápidos, além de combustível para o deslocamento até as regiões mais afastadas. A assistente social de Nova Olinda do Norte, Mary Jane Frota, falou sobre a dificuldade que o município enfrenta durante a pandemia.

“Nova Olinda do Norte é parada obrigatória a caminho de vários municípios e nossas demandas só aumentam. Estamos com três óbitos e vários casos confirmados. São 70 comunidades rurais em constante busca de apoio. Precisamos somar forças para amenizar a dor das pessoas atingidas pela Covid-19. Há muitas pessoas que recebem auxílio do Governo Federal, mas isso não é suficiente para suprir a necessidade dessas famílias todo mês”, afirmou Frota.

Sobre a Aliança

A “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus” é coordenada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e tem o apoio de aproximadamente 60 parceiros, entre instituições públicas e privadas, empresas e prefeituras. Os recursos arrecadados pela articulação são utilizados para atender as particularidades de cada região do Amazonas no combate à Covid-19.

As doações, em dinheiro ou materiais, podem ser realizadas através do site faz-amazonas.org ou do e-mail contato@fas-amazonas.org.

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