Municípios já tinham emitido alertas por conta da crise enfrentada.
Com o ato, o governador Wilson Lima apenas homologou os decretos das Prefeituras e manteve os períodos de duração da situação de emergência nas cidades, que serão:
- Ipixuna: 90 dias
- Guajará: 180 dias
- Eirunepé: 90 dias
- Itamarati: 180 dias
- Envira: 60 dias
Eirunepé já enfrenta a maior cheia dos últimos anos e a cota dos rios Juruá e Ipixuna ultrapassou a marca histórica de 1986, que era de 17 metros. Até este sábado (6), segundo a Defesa Civil, a cota era de 17,19 metros. Com a cheia, a cidade sofre com o abastecimento de alimentos e contadores de energia precisaram ser levantados para evitar que a corrente elétrica entrasse em contato com a água.
“A cidade se encontra numa situação complicada. Temos mais de 2.700 famílias afetadas e isso dá, em torno, mais de 12 mil pessoas”, explicou o chefe da defesa civil municipal, Rondinele Martins.
Em Ipixuna, segundo a Prefeitura, o rio Juruá chegou a marca de 13,61 metros. Ao todo, 3.455 famílias já foram atingidas, sendo 1.367 na zona urbana e 2.088 na zona rural do município. Dessas, 83 precisaram deixar suas casas, por conta da subida das águas. No entanto, apesar de ainda manter nível elevado, a tendência é de vazante.
A situação também segue crítica no município de Boca do Acre, distante 1.557 km de Manaus, por conta das cheias dos rios Acre e Purus que banham a cidade. Segundo a Defesa Civil da cidade, nessa semana, o rio chegou a 20,60 metros. O número de pessoas afetadas pela cheia passa de 17,9 mil, sendo 15 mil apenas na zona urbana. Cerca de 90% da cidade foi afetada com inundações.
Já Humaitá, no Sul do Amazonas, entrou em situação de alerta. Um decreto municipal levou em consideração o aumento no número de chuvas na região e a cota do Rio Madeira que, até a sexta-feira (5), estava em 23,44 metros. 13 famílias já tiveram as casas afetadas.