Animal estava no local de forma ilegal. Flagrante ocorreu na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Rio Negro.
Um filhote de ariranha foi resgatado na zona rural de Manaus, pela equipe gestora da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro. O animal estava sendo usado como atração turística de forma ilegal.
O flagrante ocorreu na comunidade Santo Antônio. Técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) estavam em atividade na unidade de conservação quando ouviram o som da ariranha.
De acordo com informações coletadas no local, o animal foi adquirido por um grupo de comunitários por cerca de R$ 200, para ser usado como atividade turística, de forma ilegal.
O animal foi identificado com a ajuda da pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Dayse Ferreira, bióloga e mestre em Biodiversidade Tropical, que estava com a equipe de gestão da UC na ocasião.
Sob orientação da doutora Vera Maria Ferreira, coordenadora do Projeto de Mamíferos Aquáticos da Amazônia, do Inpa, o filhote foi encaminhado para o instituto, onde foi alimentado e recebeu os cuidados necessários.
“O animal ficará nas dependências do Inpa e passará por cuidados. Fomos informados que esta espécie de animal, por viver em bandos de forma bem sociável, pode não se adaptar sozinho. Dessa forma fica difícil a sua reintegração ao meio ambiente”, afirmou Francisca Pimentel, técnica de conservação ambiental da Sema.
Turismo e animais silvestres
A exploração de animais silvestres em atividades turísticas é crime ambiental previsto no artigo 29 da Lei nº 9.605/1898, que dispõe sobre os crimes contra a fauna.
“Animais são ilegalmente capturados na natureza para serem explorados em entretenimento com turistas. Não é justo com o meio ambiente que sua diversão se baseie na exploração animal”, disse Francisca Pimentel.
A pena para essa infração é de detenção de seis meses a um ano, e multa.