Para alcançar a vaga na instituição de ensino, César Augusto reestruturou toda a sua rotina de estudos
Desde o 9º ano do Ensino Fundamental, quando se preparava para o processo seletivo da Fundação Matias Machline, o estudante egresso da rede estadual, César Augusto dos Santos Bezerra, encontrava-se mergulhado em uma rotina de estudos. Agora, quatro anos após o início dessa jornada, visando o ingresso em uma universidade pública, o jovem colhe os frutos do seu esforço e dedicação: ele acaba de ser aprovado em 2º lugar no curso de Engenharia da Computação, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Ex-aluno da Escola Estadual (EE) Maria Amélia do Espírito Santo e do Colégio Amazonense Dom Pedro II, onde finalizou a 3ª série, em 2020, César revela que foi um longo trajeto até a aprovação, desde a mudança repentina de curso – antes, ele queria ingressar em Engenharia Civil – até a opção por estudar na cidade paranaense.
“A primeira opção não era essa [universidade]. Sempre tive como objetivo estudar na Ufam (Universidade Federal do Amazonas) ou UEA (Universidade do Estado do Amazonas), e me preparava com foco nisso. Porém, no início de 2020, viajei com minha família para Curitiba e me encontrei, ali, na cidade. Quando retornei para Manaus, vim decidido a estudar lá”, contou o estudante.
Para alcançar a vaga na instituição de ensino, César reestruturou toda a sua rotina de estudos. Como cursava o último ano do Ensino Médio à tarde, ele tirava os períodos da manhã e da noite para focar no Enem. Todo dia, ele estudava pelo menos duas matérias.
“Para me preparar, estudei os conteúdos que cairiam no Processo Seletivo Contínuo (PSC) 1, 2 e 3. Em agosto do ano passado, terminei de revisar os assuntos da 3ª série, em outubro da 2ª e no início de dezembro da 1ª”, acrescentou César.
Com a aprovação na UTFPR, além da felicidade, o ex-aluno se sente como se tivesse tirado um “caminhão das costas”. “É uma sensação de alívio, pois, mesmo visando a qualidade dos meus estudos, não sabia se daria certo”, concluiu.
Dicas
Assim como milhares de estudantes em todo o país, muitas vezes, César ficava cansado ou desmotivado. Para combater esses sentimentos, ele aconselha: “É importante nunca se desprender dos nossos objetivos. Sempre que eu ficava desse jeito, ia no Google e procurava a foto da fachada da universidade ou revisitava os registros que fizemos de nossa viagem a Curitiba. Temos que estar sempre alinhados às nossas metas”.
Além disso, o ex-aluno descreve um acordo que fez com o irmão mais velho, desta vez, priorizando o bem-estar emocional. “Evitei ao máximo assistir televisão, por conta das notícias de mortes ocasionadas pela Covid-19. Era só tristeza e coisas negativas”, finalizou.