Após dezenas de peixes morrerem no Amazonas, um especialista alertou que a explicação para a mortalidade está nas altas temperaturas e na seca que o estado enfrenta.
O intenso calor no Amazonas é o responsável pela morte de peixes nos rios do estado, segundo o mestre em engenharia de pesca César Augusto Lima Ferreira. Na segunda-feira (11), moradores de Autazes, no interior do Amazonas, encontraram dezenas de peixes mortos em um lago da região.
Nas imagens, é possível ver vários peixes mortos espalhados pelo lago. A mortalidade dos animais afetou o consumo de água para os moradores, que tiveram que cavar um poço próximo ao rio.
A explicação para a mortalidade dos peixes está nas altas temperaturas e na seca que o Amazonas vem enfrentando. Segundo o mestre em engenharia de pesca César Augusto, com a diminuição da coluna d’água – quantidade de água que um determinado tecido pode “suportar” – , uma série de processos, que alteram a química da água, contribuem para a morte dos animais.
“Isso tem a ver, atualmente, com o período da incidência solar. Nessa época do ano é muito grande na nossa região. É muito grande, é muito intenso e isso, teoricamente, altera os componentes químicos da água”
disse.
Com a diminuição da água, a falta de oxigênio é uma das primeiras coisas a ser afetada. Sem o elemento químico fundamental para a vida, os animais competem pela sobrevivência no espaço.
O engenheiro de pesca explica que um dos fatores da falta de oxigênio, é a eutrofização – um processo e multiplicação de acúmulo de matéria orgânica. Sem o ar, há uma competição pela sobrevivência nos rios.
“Existe uma competição. Essa competição é pela sobrevivência. Ela também está relacionada à eutrofização. Diminui o volume da água, a incidência de nutrientes e a produção primária faz com que haja competição no meio. A densidade aumentada faz com que haja colapso e consequentemente, há mortalidade”, disse o mestre em engenharia de pesca.
Como resolver o problema?
Segundo o engenheiro, o problema pode ser resolvido de duas formas: com um aerador ou com a renovação do fluxo da água.
De imediato, a melhor alternativa seria o aerador – que é uma espécie de equipamento que promove que moléculas da água, que estão juntas, se espalhem e o oxigênio consiga entrar na água.
Segundo o engenheiro, o problema pode ser resolvido de duas formas: com um aerador ou com a renovação do fluxo da água.
De imediato, a melhor alternativa seria o aerador – que é uma espécie de equipamento que promove que moléculas da água, que estão juntas, se espalhem e o oxigênio consiga entrar na água.
Por Bianca Fatim e Luana Lima (g1 AM), com colaboração de Francisco Carioca.