Após baixa no número de internações, Hospital de Combate à Covid-19 de Manaus tem atividades encerradas

Mais de 100 equipamentos, entre monitores e ventiladores mecânicos adquiridos pela Susam ou doados pelo Ministério da Saúde, estão sendo remanejados para as unidades da rede

O Hospital de Combate à Covid-19 na Nilton Lins foi desativado nesta quinta-feira. Em 90 dias, foram contabilizados mais de 1.800 atendimentos na unidade. A ala voltada para o tratamento de indígenas que havia sido montada no local foi transferida para o Hospital e Pronto-socorro 28 de Agosto.

A desmobilização, segundo o secretário interino da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) Marcellus Campêlo, é um marco do fim do momento crítico que o estado passou durante a pandemia. “É um momento simbólico para a rede porque nós vivemos a pandemia no Amazonas, infelizmente, com muita intensidade. Felizmente já estamos saindo desse momento mais crítico, estamos desativando porque justamente o número de internações despencou e a rede já está preparada para absorver a demanda, que hoje já é bem menor do que na época do pico”, ressaltou Marcellus.

Foto: Divulgação

Mais de 100 equipamentos, entre monitores e ventiladores mecânicos adquiridos pela Susam ou doados pelo Ministério da Saúde, estão sendo remanejados para as unidades da rede. “Serão distribuídos para os hospitais de emergência 28 de Agosto, Platão Araújo, João Lúcio e também para os hospitais com atendimento especializado a crianças, os hospitais infantis”, detalhou o secretário da Susam.

Dois pacientes que receberam atendimento na unidade participaram da homenagem e agradeceram à equipe de saúde do Governo do Amazonas que se mobilizou para salvar vidas. Reunidos no corredor principal do hospital, os profissionais de saúde fizeram o ‘apagar das luzes’ e iluminaram o caminho com os celulares.

Maria Martins, 64 anos, ficou internada no hospital. A ex-paciente contou a emoção de voltar ao lugar. Além dela, os três filhos também contraíram a Covid-19. “Obrigada, obrigada por tudo. É o que eu tenho a dizer. E amém porque foram quatro pessoas na minha casa internadas com essa doença e saímos todos os quatro para a glória e honra do Senhor”, agradeceu.

Foto: Divulgação

zonasAo ser questionada sobre o significado de voltar ao leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em que esteve, Maria disse ter encontrado um novo sentido. “Renascer. Eu renasci. Vida, alegria, mudança na minha vida, muita coisa vai mudar porque eu renasci e eu estou aqui por conta desses profissionais”, comentou.

Ornei Vasconcelos elogiou o tratamento humanizado que recebeu no hospital. “Foi muito bom principalmente na parte humana. Eu fiquei muito contente. Eu só tenho a agradecer tudo o que fizeram por mim”, disse o paciente recuperado da Covid.

Ala Indígena

De acordo com o secretário de saúde interino, Marcellus Campêlo, os indígenas com Covid-19 passam também a ter acesso a serviços especializados dentro da estrutura montada no HPS 28 de Agosto, como a nefrologia, cirurgia geral, ortopedia.

“Estamos oferecendo um espaço no Hospital 28 de Agosto que detém a mesma estrutura necessária para esse atendimento, dentro da demanda atual. Além disso, no Hospital 28 de Agosto eles terão outras especialidades à disposição como a nefrologia e atendimentos de emergência em outras áreas, caso seja necessário”, explicou.

Conforme o secretário executivo adjunto de Atenção Especializada da Capital, Thales Schincariol, há seis dias o Complexo Regulador do Amazonas não recebe pedido de transferência de indígenas para unidades de alta complexidade da capital. “Os hospitais que já temos na rede conseguem comportar hoje a demanda que tem. Então, por isso, foi feita a transferência dessa área indígena para o 28 de Agosto”, explicou.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade