O número de casos de malária caiu 20% no Amazonas nos nove primeiros meses de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registrados 40.270 de janeiro a setembro, 10.079 a menos.
Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do estado. Houve redução em dez dos 16 municípios amazonenses que mais apresentaram casos de malária. Em Barcelos, por exemplo, a queda foi de quase 50%.
Mas o número cresceu em Eirunepé, que teve aumento de 162%, e em Tapauá, de 72,82%. São Gabriel da Cachoeira é o que mais registrou novos casos: 7.293, seguido pela capital Manaus, com 3.748.
O médico infectologista e professor da Ufam, Universidade Federal do Amazonas, Bernardino Albuquerque, destaca os desafios de se combater a malária na região amazônica, que concentra 99% dos casos do país.
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, atualmente o Estado vivencia o período sazonal da malária, que começa em julho e vai até final de outubro.
A doença é transmitida pela picada do mosquito Anopheles e os principais sintomas são: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, além de náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
A malária pode ser evitada com o uso de mosquiteiros com inseticida, repelentes, calças e blusas de manga comprida, principalmente no final de tarde e início da noite.