Região Metropolitana de Macapá concentra maior número de casos, que chega a 189 infectados detectados. Aplicações da tríplice viral acontecerão em 7 municípios.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) anunciou que inicia no dia 18 de janeiro uma varredura vacinal, com aplicação de doses da tríplice viral de casa em casa, em 7 municípios do Amapá (Macapá, Santana, Mazagão, Laranjal do Jari, Vitória do Jari, Oiapoque e Porto Grande) para tentar barrar o surto de sarampo registrado no estado desde o início de 2020.
O número da doença no estado chega a 189 casos positivos ao longo de todo o ano passado e quarta-feira (6). A maioria dos casos se concentra na Região Metropolitana de Macapá, totalizando 187 pacientes.
Até setembro de 2020, o Amapá havia registrado 84 casos de sarampo. O número mais que dobrou nos últimos três meses. Mais da metade dos pacientes é de crianças de até 4 anos de idade, segundo a SVS; e entre todos os casos, 55% é em pessoas do gênero feminino.
A doença era erradicada no Brasil através de vacina, mas ela voltou ao país em 2018. No Amapá, o primeiro registro aconteceu após duas décadas, em 2019, e logo houve reforço na imunização.
Com a pandemia da Covid-19 e a crise energética, a vacinação não foi interrompida, e, mesmo assim, a cobertura ainda é baixa. As doses ficam disponíveis gratuitamente nos postos de saúde o ano todo, em dias úteis, das 8h às 17h.
É recomendável que, até os 29 anos, a pessoa tenha tomado duas doses da tríplice viral; caso não tenha tomado, ela é imunizada em duas etapas. Se tem entre 30 e 59 anos e nunca se imunizou, a pessoa deve receber uma dose.
Para quem não lembra se já se imunizou adequadamente, a orientação é se vacinar (respeitando a quantidade de doses por faixa etária).
A SVS anunciou em dezembro que já planejava a vacinação de casa em casa. A vacina é o método mais eficaz para prevenir o sarampo, sujo vírus é altamente contagioso.
A meta é de 95% de cobertura, no entanto, entre crianças de até 5 anos – as mais infectadas até agora no estado – a cobertura não havia chegado nem a 40% em dezembro.
Para confirmar os casos, as equipes de saúde coletam sangue do paciente, para sorologia, que identifica se há ou não a presença do vírus, e para o isolamento viral, que identifica qual a linhagem de vírus do sarampo que circula no estado.