Amapá: Governo cria comitê e propõe retorno de aulas presenciais para o 3º ano do ensino médio

Intenção é oportunizar melhor preparação para o Enem. Ideia ainda será estudada. Grupo também avalia retorno na rede privada.

O governo do Amapá criou um comitê estratégico para avaliar o retorno das aulas presenciais, suspensas desde março em razão da pandemia da Covid-19. Uma das possibilidades – anunciada nesta é que alunos do 3º ano do ensino médio sejam os primeiros a retornar às escolas ainda em 2020, devido ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A proposta ainda será avaliada.


O que se sabe é que as escolas que desejarem retomar as atividades vão precisar apresentar, de maneira individual, um protocolo de segurança para avaliação. Se aprovado, devem seguir regras rígidas de controle e higiene.

Algumas escolas da rede estadual já têm instaladas pias logo na entrada para os alunos lavarem as mãos. Também estão sendo instalados equipamentos de higienização com álcool em gel. Mas a retomada das aulas presenciais ainda é um processo lento, que deve seguir critérios rígidos, e tudo vai ser avaliado por esse comitê.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed), no entanto, afirma que as aulas pela internet vão continuar.

Foto: Dária Orellana/Arquivo Pessoal

“A nossa maior preocupação hoje é o estudante da 3ª série do ensino médio. Nós queremos que ele volte. Vamos apresentar ao comitê a nossa proposta de retorno gradual desses estudantes focados na matriz curricular do Enem para que, de forma presencial e separados, eles possam fazer revisão, olhar os conteúdos, fazer avaliações, se preparando para o Enem que será em janeiro”, disse a secretária de Educação, Goreth Sousa.

O comitê ainda vai avaliar, de forma individual, um protocolo epidemiológico apresentado por cada uma das escolas. Unidades com menos alunos, como, por exemplo, de áreas ribeirinhas ou mesmo de comunidades rurais, terão mais condições de voltar com as aulas presenciais.

O retorno gradual das aulas presenciais deve seguir várias regras. A quantidade de alunos será reduzida. O máximo permitido é 15 alunos em sala de aula, todos de máscara e mantendo o distanciamento.

Além disso, deve ser feito um revezamento; cada aluno deve ir à escola somente uma ou duas vezes por semana. Mas a Seed reforça que não há data de quando isso vai acontecer.

“Tem escolas que têm menos de 100 estudantes, como escolas de campo, escolas ribeirinhas. Se a comunidade escolar estiver organizada, essa escola terá autorização para voltar de maneira gradual, intercalada, respeitando o distanciamento com as atividades presenciais. Sem deixar de esclarecer que as atividades remotas continuam”, salientou Goreth.

Ensino na rede privada

Os mesmos critérios estão sendo seguidos pela rede privada de ensino. Algumas escolas particulares já pensam em retornar as aulas presenciais e devem apresentar um protocolo de retorno que deve passar pela avaliação do comitê do governo.

“Estamos reunindo com o sindicato das escolas particulares que já apresentaram sua proposta de retorno. A Vigilância em Saúde deverá homologar um parecer já através desse comitê, no máximo segunda-feira [12], para as escolas particulares tomarem a sua decisão”, finalizou a secretária.

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