Projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc pretende resgatar o processo histórico do cenário artístico do Amazonas

O material coletado durante as lives será gravado, editado e, posteriormente, disponibilizado na internet, nas Secretarias de Educação e Cultura e em canais de TV

Contemplada pelo “Prêmio Manaus de Conexões Culturais – Lei Aldir Blanc”, com o projeto “Registros, Histórias e Narrativas sobre a Arte Amazonense – Teatro – Capítulo 1”, a atriz, diretora de teatro e produtora cultural Ana Cláudia Motta realiza nesta sexta (11) uma série de lives para dar início ao processo de construção histórica das artes no Amazonas. As transmissões acontecem no Facebook e no Canal no Youtube da Associação ArtBrasil.

O primeiro capítulo envolve cinco representantes da modalidade artística no Estado. Fundadora da Associação ArtBrasil, com 28 anos de carreira artística, Ana Cláudia explica que o objetivo do projeto é registrar entrevistas com personalidades que contribuíram para o cenário artístico do Estado. “A partir destas lives, será feito um levantamento da biografia e trajetória artística e/ou de produção/gestão cultural dos profissionais selecionados”, pontua.

Ana Cláudia é a idealizadora do projeto. Foto: Divulgação

As transmissões iniciaram com a participação de: Jorge Bandeira, diretor de teatro, produtor cultural, dramaturgo, crítico e também ator, que atuou em mais de 20 espetáculos, como “O Alienista”, baseado na obra de Machado de Assis; Narda Telles, a atriz, diretora de teatro e produtora cultural com mais de 40 anos de carreira artística, que já foi presidente da Associação Amazônia Arte-Mythos; e do dramaturgo e produtor cultural Douglas Rodrigues, que já exerceu cargo de Conselheiro Municipal de Cultura e foi Presidente e Vice-presidente da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), chegando a receber, em 2012, a Menção Honrosa da Câmara Municipal de Manaus (CMM) pela contribuição à cultura do Amazonas.

Na parte da tarde, a partir de 14h, acontece a conversa com o dramaturgo e cineasta Sérgio Cardoso, que, além de dirigir 23 documentários e um filme de ficção, assinou variados projetos de Cenotécnicas (pesquisa cenográfica), incluindo no Teatro da Instalação, no Cine Teatro Guarany, no Teatro Gebes Medeiros e no Teatro Jorge Bonates.

Para encerrar as transmissões, a última entrevista, a partir de 15h30, conta com a participação de Robério Braga, que foi Secretário de Estado de Cultura do Amazonas e diretor da Escola de Artes e Turismo da UEA, bem como presidente do Conselho Estadual de Cultura, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras (AAL).

Acervo Histórico

O material coletado durante as lives será gravado, editado e, posteriormente, disponibilizado na internet, nas Secretarias de Educação e Cultura e em canais de TV, bibliotecas, espaços culturais.

“A ideia é conseguir estender este registro a outras modalidades artísticas, por meio de outros editais e oportunidades de fomento, para viabilizar novos, amplos e permanentes alicerces no que se refere à identidade artístico-cutural do nosso povo e à valorização dos trabalhadores do setor cultural”, pontua Ana Cláudia, que contou com o auxílio de outros profissionais no projeto, incluindo Rodrigo Monteiro na produção, Paulo Queiroz na Pesquisa, Williams Ferry na Direção de Fotografia e Arnaldo Barreto na Direção de Arte.

Para a idealizadora do projeto – que já recebeu homenagem pela CMM e pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) pela significante contribuição com o desenvolvimento da Arte e da Cultura no Estado e foi contemplada com vários prêmios, como o de Melhor Direção com o espetáculo “A Princesa e a Lua” –, é extremamente necessário o registro histórico da vida, da obra e da atuação artística e política desses artistas. “Isso nos permite produzir uma leitura mais ampla de quem somos, do que construímos e do que precisamos, para promover uma reflexão sobre os encaminhamentos atuais das produções artísticas e do setor artístico-cultural como um todo”, enfatiza.

Além do apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), e da Associação ArtBrasil, o projeto conta com o suporte da AAL e do Casarão de Ideias.

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