Projeto coordenado pela cientista social Rila Arruda e pelo historiador Otoni Mesquita será realizado nos dias 21 e 22 de maio
As inscrições para o minicurso de História e Patrimônio Cultural de Manaus, coordenado pela cientista social Rila Arruda em parceria com o historiador Otoni Mesquita estão abertas. As aulas serão realizadas durante a 19ª Semana Nacional de Museus, nos dias 21 e 22 de maio, sexta e sábado, das 16 às 18 horas.
O pré-requisito para participar é ter o ensino médio completo ou cursando o ensino superior, ao final será disponibilizada uma declaração para o participante. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do formulário disponível no link https://forms.gle/wWQd3BZsf14sGaTcA.
O projeto foi contemplado pelo prêmio Feliciano Lana, por meio da Lei Aldir Blanc, concedido a projetos artísticos, culturais e de economia criativa durante o estado de calamidade pública, lançado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC-AM), com apoio do governo federal para fomentar atividades culturais e garantir renda a profissionais do setor.
Rila Arruda, cientista social e pesquisadora de museus fala da importância da educação patrimonial: “A maioria das ações são mais voltadas para publicação de cartilhas para cumprimento de licenciamento ambiental, circuitos isolados de pesquisadores, ou aulas públicas (seja na rua ou no museu) de iniciativa de professores de História sem apoio formal. Precisamos ampliar a educação patrimonial, e esse projeto também visa isso”, diz a pesquisadora na proposta do projeto.
Objetivo e conteúdo previsto
O projeto é uma ação de educação patrimonial, através de um minicurso, com objetivo de difusão do conhecimento sobre a História de Manaus e no reconhecimento do Patrimônio Cultural. A conexão entre o passado e o presente será fundamental para a reflexão, através das questões problematizadas e também através do debate entre o público participante inscrito no minicurso.
O conteúdo do minicurso é o básico do tema com informações, dados, legislação, diagnóstico do que já foi tombado ou registrado, e vídeo produzido do que seria a aula prática na parte final. Será realizado com aula teórica com vagas limitadas, respeitando os protocolos da Organização Mundial de Saúde devido à pandemia Covid-19 em Manaus, e em substituição ao que seria a aula de campo será exibido um vídeo que foi produzido para o curso.
A carga horária seria de 10 horas, mas foi diminuído o tempo para cumprir os protocolos. Se houver demanda alta de inscritos será aberta mais uma turma maior no modo virtual.
Parceiro no projeto, Otoni Mesquita comenta sobre a importância da participação de habitantes da cidade em atividades que os envolvam com os espaços. “Seja um curso, minicurso ou um passeio turístico, um passeio de estudos, são fundamentais para envolver os habitantes dessa cidade, que eles saibam um pouco mais, tenham uma vida, uma relação com esses espaços”.
Visita de campo em vídeo
Devido a situação de pandemia em que o mundo se encontra, a visita de campo proposta pelo projeto submetido no ano passado foi substituída por um vídeo com o professor Otoni caminhando por diversos pontos do Centro de Manaus.
“O fundamental é que essas pessoas possam fazer isso cotidianamente e quando nós voltarmos a uma normalidade, que os cidadãos dessa cidade possam ver, conhecer um pouco mais, só assim as pessoas vão valorizar, não somente do ponto de vista teórico, saber da lei ou que alguém diz que o isso ou aquilo sobre alguma construção, sobre um um aspecto histórico da cidade, sobre um prédio, é fundamental ter vinculação, circular por esses lugares e assim a gente acaba criando uma relação de pertencimento e valorização, grande parte disso vem da memória e da questão do que é ser amazonense, a identidade é isso”.
Perfil dos professores
Otoni Mesquita possui graduação em Jornalismo / Comunicação Social – Fundação Universidade do Amazonas (1976-1979); graduação em Gravura / Escola de Belas Artes – Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980- 1983); mestrado em História e Crítica da Arte. Programa de Pós-graduação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989-1992) e doutorado em História – Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense (2001-2005).
Entre 1997 e 1998 atuou como Coordenador do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas. Publicou dois livros, resultantes do trabalho de mestrado e de doutorado: Manaus: história e arquitetura – 1850/1915 e Manaus: uma cidade entre dois tempos- 1890/1910. Atualmente é professor Associado 1 do Curso de Artes Visuais do Departamento de Artes da Universidade Federal do Amazonas.
Atuou no Programa de Pós-graduação em História entre 2006 e 2013, orientado trabalhos de pesquisa na área de História e Arte, com ênfase na produção cultural do Estado do Amazonas, concentrando em Manaus; Arquitetura, Memória; Imagem da Cidade; Província do Amazonas e Obras Públicas e História das Artes Plásticas em Manaus. Além das atividades acadêmicas, atua como artista plástico desde 1975, desenvolvendo obras em variados suportes, gêneros e materiais.
Rila Arruda possui Bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais (Antropologia, Sociologia e Ciência Política) pela Universidade Federal do Amazonas (2008) e mestrado em Sociologia também pela Universidade Federal do Amazonas (2011). Suas áreas de atuação de pesquisa são: Sociologia da Cultura e Antropologia do Patrimônio Cultural, atuando principalmente nos seguintes temas:Políticas Culturais, Patrimônio Imaterial e Museus.
Destaques profissionais: consultora analista na elaboração do Plano Municipal de Cultura – Manaus (2012) e consultora técnica na elaboração do Plano Estadual de Política Cultural – Amazonas (2018), servidora pública (cargo comissionado) com Patrimônio Imaterial e Museu na Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos – Manauscult (2013 a 2015), e como docente no Ensino Superior e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec.