Os shows online serão transmitidos do Estúdio Supersônico, no canal do Coletivo Difusão, no YouTube. A programação é composta em maioria por mulheres, tanto nos shows quanto nas formações
A edição 2020 do Festival Até o Tucupi vem acompanhada de formatos e presenças históricas para a música e o ativismo cultural na capital amazonense. Neste ano que foi crucialmente político, determinante e insurgente para a Amazônia o palco se torna online, o acesso continua gratuito e as oportunidades de formação na área cultural continuam sendo estratégicas para o desenvolvimento da cadeia artística na cidade.
Quinta-feira – Dia 17
A programação de formação inicia nesta quinta-feira (17) às 18h com o painel ‘Música Pronta: Antes de lançar, o que faz?’ ministrado por Kely Guimarães. Confira a seguir um histórico profissional da facilitadora:
– Painel ‘Música pronta: antes de lançar o que faz?’: Kely Guimarães
A manauara Kely Guimarães é compositora, artista musical, músico-educadora de formação, multi instrumentista e pesquisadora de música popular. Tem 11 anos de carreira com diversos trabalhos autorais lançados. Constam ainda cinco videoclipes disponíveis no Canal da artista no You Tube. O conteúdo de sua obra trata de assuntos sociais, afetivos e ambientais de forma poética e visceral, sua musicalidade é o resultado de referências musicais do Rock, MPB e da música eletrônica
A programação continua desta vez é recomendada não somente para artistas da área musical mas de toda cadeia criativa ou empreendedora que busca aproximação de seus trabalhos com a mídia local. A comunicadora Mariah Brandt será facilitadora numa oficina focada em estratégias específicas para o período de pandemia que enfrentamos. Confira seu histórico:
– Oficina ‘Assessoria de imprensa em tempos de pandemia e quarentena’: Mariah Brandt
Mariah iniciou a carreira no rádio, atuou como produtora e apresentadora num programa semanal feito coletivamente entre estudantes da Ufam, o Unilivre. No mercado de trabalho, foi repórter do Portal A Crítica, em seguida na editoria de cultura do Jornal A Crítica. Esteve na equipe de concepção da Feira do Paço, realizada pelo Instituto Amazônia, uma das grandes manifestações do setor da Economia Criativa recente. É produtora no Amazon Sat de dois programas voltados para inovação, tecnologia e empreendedorismo, além de produzir conteúdo multimídia sobre a música amazonense para o Portal Amazônia.
Sexta-feira – Dia 18
No segundo dia de formação a programação é oferecida por profissionais da música que atuam em diferentes frentes e cenários. Karen Francis, consagrada cantora e compositora da cidade Manaus e Douglas da Nóbrega, que agrega com sua experiência no Sudeste do país.
– Painel ‘Monte sua live no Instagram’: Karen Francis
Karen Francis, 20 anos, é artista natural do município de Maués (AM), mas cresceu em Manaus, cidade capital do Amazonas. A cantora, compositora e instrumentista se relaciona com a música desde sua infância e parte de seu processo de musicalização foi influenciado pela musicalidade africana de sua mãe, que é natural de Moçambique, país que também fala a língua portuguesa e também por seu pai, que já foi músico e cantor em grupos de pagode. Karen aprendeu a tocar violão aos 09 anos de idade, mas foi aos 11, quando se mudou para Nova Olinda do Norte, município do interior do Amazonas, que começou a se apresentar em igrejas, escolas e eventos da cidade. E aos 13 anos começou a compor suas primeiras músicas. Em 2017, voltou para Manaus com sua família, ingressando na Universidade Federal do Amazonas, onde cursa Licenciatura Plena em Música. Em 2018, a artista lançou o EP intitulado “Acontecer” que foi produzido na cidade de Blumenau/SC. O trabalho totalmente autoral que vai do MPB ao POP foi gravado em uma semana e é composto por cinco faixas que falam sobre dramas amorosos, desejo de libertar a si e liberar o outro. Atualmente Karen se encontra no processo de composição e pré-produção de seu novo trabalho, um álbum com dez músicas que mescla os estilos Afrobeat, R&B e Rap.
– Oficina ‘Impulsionando sua música nas redes sociais’: Douglas da Nóbrega
Douglas Fortes da Nóbrega – Publicitário, produtor, documentarista e educador. Morador do bairro Grajaú na periferia de São Paulo, Douglas da Nóbrega é formado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. Há 12 anos trabalha com comunicação em agências de publicidade e músicos brasileiros, passando por empresas como Mutato e F/Nazca, elaborou projetos com foco cultural como Skol Music e Skol Soundspot. Em sua carreira colaborou com marcas como Skol, Vivo, Trident, Youtube, Sony, J&J, Coca-Cola, Netflix, Bradesco e Senac e trabalhou com artistas como Heavy Baile, DigitalDubs, Jota 3, Vandal, Cintia Savoli e recentemente juntamente com outras pessoas cuidou da comunicação do lançamento dos singles “Sol de Setembro” e “Luas para tantas faces” da cantora Elisa Maia.
Mostra Musical
ÀIYÉ, Anna Suav, Agenor Agostinho e Léo, Gabi Farias, DaCotta e Kely Guimarães dão os timbres, as letras e acordes deste que há 14 anos vem sendo o Festival para ocupar com produção e difusão musical o mercado autoral de Manaus. Confira o histórico de cada um:
DACOTA
MC e compositor independente, natural de Manaus, DaCota soma mais de 1 milhão e meio de streamings nas plataformas digitais e é uma referência na região norte do país e uma das promessas do Rap Nacional no ano de 2021. Considerado um dos artistas mais promissores na cena Trap/Underground, passeando também pelo R&B, Drill e Funk, dono de uma versatilidade marcante na música. O MC é um dos pilares do maior coletivo de Rap da Região Norte do país, a MOB 333, agrupando uma legião de fãs com seu estilo musical à frente do tempo.
GABI FARIAS
Gabi Farias é cantora, compositora, instrumentista, e professora de música, atua no cenário musical manauara há cinco anos, já participou de projetos como a Orquestra Puxirum e Orquestra de Música Popular da UFAM. Participou de trabalhos com artistas como República Popular e Victor Xamã, e seu EP VAZANTE, primeira parte de seu projeto solo, já está disponível em todas as plataformas de streaming, nele uma mistura de sonoridades que refletem as influências que variam desde a MPB, o pop, o eletrônico, sem perder a regionalidade através de letras que falam suas verdades e realidades. Seu trabalho busca incentivar a expressão artística em todas as suas possibilidades, tanto sonoras como visuais agora, através de seus videoclipes, que buscam levantar a bandeira do protagonismo feminino dentro do cenário musical, cultural e artístico amazonense. Ouça Gabi Farias em todas as plataformas de streaming, e assista seus videoclipes em Youtube.com/gabifarias.
ANNA SUAV
Poeta, MC, cantora, compositora e produtora audiovisual e cultura. Representando Belém do Pará, Anna Suav é uma das artistas expoentes da cena new school do RAP e R&B que está sendo feita na parte de cima do mapa. Sua fala e arte narram e demarcam a (sobre)vivência de uma ‘preta nortista potência’. Idealizou e organizou o projeto Slam Dandaras do Norte (2017-2019) e frequentemente participa de formações em debates, rodas de conversa, projetos escolares e culturais. Artista Natura Musical 2020.
KELY GUIMARÃES
A manauara Kely Guimarães é compositora, artista musical, musicista – educadora de formação, multi instrumentista e pesquisadora de música popular. Tem 11 anos de carreira com diversos trabalhos autorais lançados são eles: os singles “Pranto Silencioso”, “Mosaico”, “Não Abuse Não!”, It’s over, baby!”,”Tome tento”, “Conversa Azul” e “Sapiens” lançados ao longo da pandemia de 2020, produzidos remotamente por Mady (Fubica Home Studio); o EP “Virtual” com proposta de composição por meio do uso de Apps de música, produzido por César Lima (Across Music Production) lançado em abril de 2019; o seu segundo álbum “Crescente” lançado em 2016 que contou com a produção musical de Bruno Prestes e o EP “Essência”, seu primeiro trabalho solo foi lançado em 2013. Todos disponíveis em http://www.tratore.com.br/um_artista.php?id=42110. Constam ainda cinco videoclipes disponíveis no Canal da artista no You Tube. O conteúdo de sua obra trata de assuntos sociais, afetivos e ambientais de forma poética e visceral, sua musicalidade é o resultado de referências musicais do Rock, MPB e da música eletrônica.
AGENOR, AGOSTINHO E LÉO
Após 10 anos de criação e produção da Banda Alaídenegão, Agenor Vasconcelos formou um novo grupo. Junto com Agostinho e Léo, guitarrista e baterista de também renomados projetos, como a banda Selva Madre, essa formação é o encontro de gerações dedicadas à cena musical de Manaus, driblando os desafios de se manter fazendo música. Desde 2005, os músicos realizam, de maneira independente, festivais e eventos periódicos, administram estúdios de ensaio/produção, espaços culturais, ministram aulas e diversas outras atividades dedicadas à música.
ÀIYÉ
ÀIYÉ é o projeto de Larissa Conforto, multi-instrumentista, cantora, compositora, performer, artista sônica, beat maker e ativista. Seu EP de estreia, Gratitrevas, foi lançado em março de 2020 pela Balaclava Records. Gravado entre Brasil e Portugal, o EP é uma espécie de renascimento da artista após o fim da banda Ventre, da qual fez parte durante seis anos. O disco reúne espiritualidade, rituais, ritmos de resistência, saudades da avó, David Lynch e confissões em um universo solitário, porém presente e pulsante. É um registro íntimo e político feito por colagens e gravações de campo que ecoam gritos e tumultos contemporâneos e universais. Combinando ritmos ancestrais e experimentações eletrônicas, ÀIYÉ é uma performance solo portátil que investiga a cura e a transformação a partir de colagens e sons disruptivos.
O Festival Até o Tucupi 2020 tem realização do Coletivo Difusão e foi contemplado pelo Edital Concurso-Prêmio Manaus De Conexões Culturais – Lei Aldir Blanc.