Pescador acreano viraliza ao levar um peixe de 1,5 metro e quase 80 quilos nas costas

O peixe da espécie Jaú foi capturado no Rio Môa, em Cruzeiro do Sul.

O pescador Ailton Mendonça, de 42 anos, pescou um peixe com cerca de 1,5 metro de comprimento e que pesou quase 80 kg, no Rio Môa, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Um vídeo que viralizou nesta semana mostra o peixão sendo levado nas costas até o mercado da cidade.

Mendonça contou que o peixe, da espécie Jaú, nem foi o maior já fisgado por ele nos mais de 20 anos de profissão. Ele disse que já chegou a capturar um pescado com mais de 100 quilos na região. O peixe foi pescado por Mendonça na quarta-feira (15) e o quilo vendido a R$ 20.

“Quem aparece nesse vídeo é um rapaz que a gente contrata para fazer esse serviço de carregar a carga. Todo ano a gente pega peixes bem grandes aqui. Ele inteiro pesou 79 quilos, e quando tiramos cabeça, gordura ficou em cerca de 54 quilos. Mas já pesquei peixe aqui de mais de 100 quilos, que quando tratado chegou a 80 quilos”, contou o pescador.

Foto: Reprodução

O Jaú

Considerado um dos maiores peixes de couro da região amazônica, o Jaú, também conhecido como Jundiá-da-lagoa, é um peixe que habita canais de rios e cachoeiras, principalmente nos poços das corredeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima.

Com nome científico de Zungaro zungaro, é uma espécie com corpo grosso e curto, com esporões nas pontas das nadadeiras, além da sua cabeça achatada. Além da região Norte, o peixe também pode ser encontrado na região Centro-Oeste e em alguns locais dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Jaú em gravura de 1856 de Francis de Laporte de Castelnau. Foto: Wikimedia Commons

Os indivíduos mais jovens, geralmente chamados de jaús-poca, podem apresentar uma coloração amarelada no dorso, além de manchas em tom de violeta. Ele pode chegar a pesar 120 kg e medir até 1,90 m. A espécie é piscívora, se alimentando de peixes de escama durante a época seca. Fica escondido nos poços criados por cascatas, à espreita dos peixes que sobem os rios para a desova.

Curiosamente, a carne do peixe na Amazônia, não é muito valorizada, pois é considerado um peixe ‘remoso’, entretanto, no Sudeste do Brasil, a carne é muito apreciada na gastronomia.

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