No Acre, idosa de 93 anos com Covid-19 deixa hospital após cinco dias internada

Apesar da alta, a idosa não foi incluída na lista dos pacientes considerados curados pela doença porque ainda vai seguir o tratamento

Depois de cinco dias internada no pronto-socorro de Rio Branco após ter sido diagnosticada com a Covid-19, a idosa Ralime Said Assen, de 93 anos, recebeu alta médica nesta terça-feira (19) e vai continuar em isolamento domiciliar.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (Sescre), apesar da alta, a idosa não foi incluída na lista dos 909 casos de pacientes considerados curados pela doença porque ainda vai seguir o tratamento.

Mesmo ainda necessitando de cuidados, o filho de Ralime, o professor universitário Mark Assen, de 53 anos, comemorou a saída da mãe do hospital e agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde que atenderam a idosa.

Foto: Arquivo Pessoal

“Viva minha mãe, viva a saúde pública, salve o SUS, aplausos aos bravos, dedicados e aguerridos profissionais de saúde. Minha mãe, uma mulher guerreira de 93 anos, foi acometida pelo vírus da Covid-19 que tanta tristeza tem causado a milhares de famílias. Apesar disso, reagiu e segue firme na luta com bravura e a mesma força que sempre marcaram sua vida”, comemorou.

Diagnóstico

A idosa começou a apresentar os sintomas há cerca de 15 dias, após uma queda de temperatura na capital acreana. O filho conta que, inicialmente, a família pensou que fosse só uma reação da idade à mudança de temperatura, mas com o passar dos dias, os sintomas foram se intensificando.

Ela começou com uma diarreia, mas passou a ter tosse frequente e em seguida febre intermitente. Foi após oito dias dos sintomas, que a família procurou a Saúde Municipal, que foi até a casa da idosa para que ela fosse submetida ao teste rápido, que confirmou a Covid-19 no último dia 13 de maio.

No dia seguinte, por conta da idade, diabetes e pressão alta, ela foi internada em um leito de enfermaria do pronto-socorro de Rio Branco. Mas, segundo o filho, a dona Ralime não chegou a precisar receber oxigênio.

“Ficou todo mundo sem chão. Primeiro a gente fica querendo saber quantos mais possam estar com a doença dentro de casa. E, mediante tudo que temos visto, imaginar em que condições a pessoa que você ama e quer bem vai entrar e vai sair dessa é muito complicado. Você fica sem saber o que fazer e impotente diante de uma situação que não sabe de fato como que a doença vai evoluir ou regredir na pessoa, mas ela foi muito forte”, disse o filho.

A idosa, que é natural da cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, e mora na capital acreana há quase 30 anos com um dos filhos, voltou para casa nesta terça e se recupera. O filho disse que ela ainda está bastante sonolenta e debilitada.

“Muda a rotina toda da casa. Agora até para comer a gente tem que ajudar, antes ela comia sozinha, o apetite diminuiu consideravelmente. Além das medicações que ela tem que tomar pelos próximos dias. Aparentemente ela está bem, embora ainda um pouco sonolenta, mas organismo está reagindo bem”, afirmou o filho.

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