Após 8 meses suspensas, 16 escolas particulares retomam aulas presenciais em Rio Branco

Sindicato disse que algumas escolas retomaram atividades na segunda-feira (16) e outras nesta terça (17). Retorno foi autorizado pelo governo no último dia 6 por meio de decreto.

Após oito meses, pelo menos 16 escolas particulares na capital acreana retornaram ao ensino presencial nessa segunda-feira (16) e terça (17). A retomada é opcional para as instituições e unidades de ensino e será dividida em três fases.

O decreto 7.225 autoriza o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares com um percentual de 30% da capacidade de alunos no ambiente escolar seguindo todos os protocolos de segurança. O documento foi publicado pelo governo do estado no último dia 6 de novembro no Diário Oficial do Estado e autorizava a retomada a partir do dia 16.

Foto: Arquivo/SEE

As aulas presenciais nas redes pública e privada estão suspensas desde o dia 17 de março, na semana em que o Acre confirmou os três primeiros casos de Covid-19. Desde então, os alunos têm acesso ao conteúdo escolar pela internet por videoaula, pelo rádio com audioaula, pela televisão e também pelo material impresso adquirido nas escolas.

A autorização só se aplica para as regionais que estão classificadas nos níveis de atenção, representado pela bandeira amarela, ou de cuidado, pela cor verde.

Atualmente, somente a regional do Juruá/Envira não se encontra na bandeira amarela, após ter regredido para a faixa laranja na última avaliação do comitê. 

Já a a Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco (Seme) decidiu que vai continuar com as aulas remotas durante a pandemia do novo coronavírus. A pasta divulgou uma nota, no último dia 10, destacando que o ensino remoto foi escolhido para dar continuidade ao ano letivo de 2020.

Retomada gradual

A vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares, Elândia Dantas, disse que nesta primeira fase a retomada é da educação infantil, séries finalistas e crianças com dificuldade de aprendizado na plataforma.

“As instituições fizeram contato com suas famílias e perguntaram se era possível esse retorno. Teve algumas instituições que optaram por não retornar, porque já está próximo ao final do ano letivo e algumas decidiram que sim, porque há essa opção e porque sente que o pai tem o poder de decisão se quer aula presencial ou se quer aula remota”, disse a sindicalista.

A primeira fase do retorno às aulas vai atender 30% das crianças de creche, pré-escola e crianças com dificuldade nas plataformas e aprendizado, bem como as séries finalistas 5°, 9° ano do ensino fundamental e 3° ano do ensino médio.

Na segunda etapa devem ser liberadas as demais séries com o mesmo procedimento de atender apenas 30% da capacidade de alunos. Já na terceira fase esse percentual expande para 50% do número de alunos nas escolas.

Condições para retorno

Em todas as fases, as instituições devem definir calendário alternado em dias ou turnos, para atendimento presencial dos estudantes, em grupos, respeitado o distanciamento de 1,5 metro entre as carteiras e definir capacidade máxima por sala de aula.

Além de manter os estudantes e professores em pequenos grupos fixos que não se misturem e escalonar os intervalos, uso dos banheiros, horário de merenda, início e término das aulas.

As escolas e faculdades devem ainda ter profissionais capacitados em treinamento ofertado pelas vigilâncias sanitárias municipais, com apoio da Vigilância em Saúde Estadual, para implantação dos protocolos sanitários nos estabelecimentos

Cada unidade de ensino deve ainda criar um comitê escolar com a função de promover ações de divulgação e fiscalização do protocolo sanitário.

“Nossa expectativa é ajudar a população a se conscientizar. Um dos papéis da escola é justamente ajudar a população a ter essa conscientização da importância de manter distanciamento, seguir protocolos e uso da máscara. Além disso, é uma forma da população escolher se quer que o filho tenha aula presencial ou remota, os pais estão pagando por esse serviço, então que eles recebam da forma que acharem mais conveniente. A escola é um espaço seguro”, afirmou Elândia.

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