De acordo com reportagem publicada no G1 Roraima, protesto acontece após a morte de duas crianças indígenas em menos de 10 dias. Segundo a publicação, os indígenas exigem a saída do coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), Rousicler de Jesus Oliveira.
“Eles estão reivindicado porque morreram duas crianças. Uma na semana passada e outra ontem. Além disso, outra criança foi removida em estado grave para o hospital”, explicou o presidente da Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima.
Apesar de não saber o número exato de servidores presos no local, o presidente da Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima, Junior Hekurari Yanomami, garante que não houve conflitos nem violência e que os funcionários da Sesai estão seguros.
“Não tem nenhum tipo de violência ou confronto. Eles disseram que só querem dialogar com as associações para que a gente mande as solicitações para o Governo Federal e Ministério da Saúde”, afirmou Junior.
Ainda segundo a liderança do movimento, algumas comunidades mais distantes ficaram quase 90 dias sem atendimento médico, já que dependem exclusivamente dos serviços feitos via helicópteros, que não estavam realizando voos.
“Eles também relataram que a malária aumentou muito na Terra Indígena Yanomami, tanto no Amazonas como em Roraima”, disse Junior.
Além disso, os manifestantes reclama da falta de diálogo entre a coordenação da Sesai e a comunidade.
“Eles dizem que ele não trabalha e não atende quando os Yanomami querem falar com ele para cobrar as necessidades das comunidades. Eles dizem que não tem mais condições dele ficar porque está prejudicando muito a saúde”, relatou Junior.
As aeronaves apreendidas (dois Cessna Caravan e um monomotor) transportavam as equipes de saúde e medicamentos para as comunidades. Eles estão detidos em uma pista de pouso usada para descarregar e fazer a distribuição dos serviços.