Térmicas são reativadas e Roraima volta a desligar energia da Venezuela durante o dia

Usinas terméletricas voltaram a abastecer Roraima após dois apagões afetarem 13 das 15 cidades do estado, incluindo a capital Boa Vista, na tarde de segunda-feira (8) e a energia vinda da Venezuela ser religada. Segundo o G1 Roraima, a informação foi divulgada pela Eletrobras nesta terça (9).

Sem especificar o problema, a empresa comunicou que os apagões de segunda só não afetaram Amajari e Uiramutã e aconteceram em razão de uma “falha técnica na UTE Monte Cristo”, a principal das quatro usinas térmicas que abastecem o estado.

Foto: Reprodução/Rede Amazônica
Em razão dos apagões, o Linhão de Guri, desligado desde setembro por conta das constantes oscilações, ficou abastecendo o estado até a reativação das térmicas.
Ainda segundo a Eletrobras, agora, a energia venezuelana está sendo desligada durante o dia, e usada para abastecer o estado à noite, em complemento às térmicas.

Uso de térmicas

Roraima é o único estado do Brasil país que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) e há 17 anos é dependente da energia venezuelana. A distribuição é feita pelo Linhão de Guri.

No dia 16 de setembro, após uma série de apagões, Roraima passou a ter o fornecimento abastecido pelos quatro usinas do parque térmico do estado. A Eletrobras ainda não informou se tiveram registros de outro desligamentos depois dessa data.

A medida de usar as térmicas locais foi uma orientação do Ministério de Minas e Energia como uma forma de testar a confiabilidade e qualidade da energia no estado no caso de um eventual desligamento da energia importada.

Na prática, a Venezuela segue enviando energia via Linhão de Guri, no entanto, a Eletrobras suspendeu a transmissão do país vizinho e tem consumido apenas a produção gerada pelas usinas térmicas do estado. À época, a assessoria da empresa informou não havia gasto com esse fornecimento da Venezuela em razão de não estar havendo o consumo.

Até o dia 29 de setembro haviam sido 65 blecautes em Roraima, quase o dobro de todo o ano de 2017, quando foram registrados 34. Destes, 13 aconteceram em julho, 10 em agosto e 34 este mês, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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