Moradores de reservas no AM se tornam novos agentes ambientais voluntários

Habitantes da floresta, elas e eles ajudam na conservação da floresta amazônica e estão crescendo em número: em fevereiro, mais de 80 pessoas participaram da 8ª Oficina de Formação de Agentes Ambientais Voluntários (AAVs) no Estado do Amazonas. As oficinas são promovidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), com apoio do Instituto Mamirauá.

A edição mais recente, realizada entre os dias 13 e 15 na comunidade Sítio Fortaleza, alcançou moradores das reservas Mamirauá e Amanã e municípios vizinhos, na região central do estado.
 

Foto: Muniz Torga/Instituto Mamirauá
Para a proteção do meio ambiente, é preciso uma parceria eficiente entre gestão pública, órgãos especializados e a sociedade organizada. Os Agentes Ambientais Voluntários (AAVs) são pessoas das comunidades rurais, habilitadas e credenciadas pela SEMA, que realizam atividades de educação, proteção e sensibilização ambiental.

Os agentes não possuem poder de fiscalização, mas é atribuição dessa categoria comunicar as entidades fiscalizadoras sobre a ocorrência de infrações dentro ou no entorno de unidades de conservação ambiental e em demais áreas de interesse de proteção. Um trabalho local, gradativo e que faz uma grande diferença.

“A importância do agente ambiental é a de ser um agente de informação, que sensibiliza e mobiliza pessoas da região para as questões do meio ambiente”, diz Paulo Roberto e Souza, técnico do Programa de Gestão Comunitária do Instituto Mamirauá.

Oficinas capacitaram centenas de agentes

Em parceria com o governo estadual, o Instituto Mamirauá incentiva o Programa de Agentes Ambientais Voluntários. Desde 2013, cerca de 300 pessoas já passaram por oficinas de capacitação do programa. Essa é uma das fases da formação de um Agente Ambiental Voluntário, que também compreende a mobilização; avaliação e monitoramento; o credenciamento e a atualização.
 

Foto: Muniz Torga/Instituto Mamirauá 

Nas oficinas, que tem duração média de dois a três dias, são divulgados conteúdos sobre o funcionamento de unidades conservação, legislação atual, e educação ambiental. Ao final, os participantes elaboram um plano de trabalho que deve ser desenvolvido nas suas comunidades de origem.

O resultado desse trabalho será analisado pelos organizadores em uma viagem de avaliação pelas reservas Mamirauá e Amanã, entre 24 e 27 de abril. Os participantes aprovados receberão a credencial de Agente Ambiental Voluntário no dia 15 de maio.

A formação e atualização de Agentes Ambientais Voluntários no Amazonas é apoiada pelo Instituto Mamirauá, com financiamento do Fundo Amazônia, cujos recursos são geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As ações fazem parte do projeto “Mamirauá: Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade em Unidades de Conservação” (BioREC).
 

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