Tecnologia social garante segurança e aumenta produtividade das palmeiras na Amazônia

Ferramenta para colheita de frutos é usada nas comunidades extrativistas do Amazonas, gerando renda para os moradores.

Você sabia que é possível extrair palmito de forma sustentável e sem destruir a natureza? Isso é possível graças à tecnologia social Palmhaste, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), unidade de pesquisa vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A ferramenta criada para a colheita de cachos de frutos de palmeiras evita o desperdício, aumenta a produtividade e colabora para a geração de renda e a qualidade de vida das comunidades extrativistas da Amazônia.

A tecnologia está sendo empregada pelos moradores dos seguintes municípios: 

Manaus (Comunidade Areia-branca, Pau-rosa e Reserva de Fruticultura do Inpa)
Iranduba (Lago do Iranduba e Comunidade Nova Esperança)
Manacapuru (Comunidade do Lago do Paru e Calado)
Novo Aripuanã (RDS do Juma)

Foto: Reprodução/INPA

O uso da ferramenta evita o desgaste físico dos coletores de palmeiras altas da Amazônia e previne acidentes de trabalho e ataques de animais peçonhentos.

Espécies 

Na Amazônia, são conhecidas em torno de 180 espécies de palmeiras, mas apenas sete possuem frutos comercializados nas feiras de Manaus. De acordo com o técnico do Inpa, Afonso Rabelo, com exceção das espécies de açaís e pupunha que podem ser escaladas, as demais espécies de palmeiras são muito difíceis de serem coletadas por meio de escalada em árvores ou com instrumentos caseiros.

“Das 180 espécies catalogadas na Amazônia, 30 possuem frutos comestíveis e dez apresentam grande valor tecnológico agregado, comercial, nutritivo e funcional”,

disse.

A tecnologia desenvolvida pelo Inpa em 2019 ganhou escala após a aquisição por uma empresa privada. O Palmhaste tem certificação da Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais (2019) e está registrada na Rede SDSN, uma Plataforma de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. Além disso, recebeu o primeiro lugar no Prêmio Professor Samuel Benchimol (2019), na categoria de projetos para desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Foto: Reprodução/INPA

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Publicidade

Mais acessadas:

Estudo mostra que óleos de açaí e murumuru são potencialmente eficazes na preservação de madeiras amazônicas

Após nove meses, amostras de madeiras submetidas à pesquisa de campo no Acre revelam ação preservante de óleos como os de açaí, murmuru e patoá,
Publicidade

Leia também

Publicidade