Bolsas de estudo promovem inclusão de alunos de baixa renda em escolas privadas, apontam especialistas

Todas as crianças e jovens merecem uma educação excepcional, mas infelizmente, essa não é uma realidade para muitas, por conta do baixo investimento na educação regular pública de qualidade. Visando mudar esse quadro, escolas particulares utilizam a estratégia de bolsas, criando um ambiente inclusivo e que abraça as mais variadas classes sociais. Aproveitando o encerramento do ano letivo, o Portal Amazônia conversou com especialistas que destacaram a importância da inclusão de alunos de baixa renda em instituições particulares.

Foto: Reprodução/Shutterstock

 

Com mais de 20 anos no mercado, o educador Álvaro Sanches acredita que as escolas, sejam elas particulares ou públicas, são as principais pontes de evolução de um Estado. “Somos, enquanto educadores, responsáveis por impactar vidas, e precisamos entender o contexto social em que estamos inseridos, para que vidas sejam verdadeiramente impactadas”, afirmou.

Atualmente, ele é diretor geral do Colégio Lato Sensu, em Manaus, e conta que além de alunos de baixa renda, filhos de todos os colaboradores também têm benefício a uma bolsa de estudos. “Entendemos que muitos jovens de baixa renda são, e ainda serão beneficiados. Em nossa instituição, filhos de professores à serviços gerais, podem ganhar uma bolsa”, contou o educador.

Destaque no Acre

O Colégio Lato Sensu do Acre realizou no último sábado (30) o processo seletivo para as séries do 2º ao 8º ano do ensino fundamental, voltado para alunos da rede pública e privada. A grande vencedora foi Maria Sophia Sena, de apenas seis anos. Ela obteve o melhor resultado, sendo brilhante e assim garantido uma vaga para o ano letivo de 2020.

Foto: Divulgação

A mãe da ganhadora, a senhora Aline Sena, relatou que a filha sempre foi muito esforçada, buscando ser participativa nos eventos escolares. A mãe também relatou que sempre a ensinou em casa, buscando acompanhar e auxiliar nas atividades escolares, além de ter o incentivo de seus irmãos mais velhos. 


No momento que recebeu a notícia do resultado através da mãe, Maria estava lendo, a mãe conta que foi uma explosão de alegria. Sophia agora é uma aluna Lato Sensu, e já se prepara para ter um ano letivo de 2020 do jeito que ela gosta, com muitos desafios.

#DesafioLato

O desafio trouxe à população acreana a possibilidade de ingressar no colégio com bolsas parciais e integral de estudo para o ano letivo de 2020. Com mais de 250 inscritos o #DesafioLato realizou uma prova cheia de desafios, com questões objetivas e propostas redacionais dentro de cada segmento.

Oportunidade

Desde 2013, o Programa Educações atua facilitando a vida de estudantes para ingressarem em escolas e universidades. Até o momento, mais de 30 mil bolsistas foram contemplados e conseguiram se formar.

De acordo com o presidente do programa, professor Rony Siqueira, a ideia principal é promover a inclusão. “O programa consiste em selecionar estudantes que tenham um bom rendimento escolar, mas que as famílias não podem bancar uma escola particular”, disse.

Foto: Reprodução/Shutterstock

O Programa Educações nasceu em Manaus, no Amazonas, e já concede bolsas em todo território brasileiro. As vagas vão desde educação básica (da creche ao ensino médio), supletivo, educação profissional, idiomas, graduação até a pós-graduação.

Na opinião de Siqueira, o poder publico precisa enxergar a escola particular como uma parceira, e não como uma fonte de arrecadação. 

“Hoje, a importância da escola particular é imensa para o Brasil. Seriam bilhões de reais de economia que o setor representa. Imagine se os mantenedores das escolas particulares resolvessem fechar suas portas? A dimensão disso seria um terror são mais de 9 milhões de estudantes prejudicados. Essas escolas já fazem o papel que o estado brasileiro tem a obrigação, ou seja, dar o ensino básico para esses alunos”, contou Siqueira.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Publicidade

Mais acessadas:

Em Cacoal, cafeicultura impulsiona desde comunidades indígenas a empreendedores urbanos

Mais de 17 mil famílias produzem café em Rondônia em áreas inferiores a 5 hectares.
Publicidade

Leia também

Publicidade