Criado em 1900, Museu de Numismática em Manaus é vitrine histórica com peças de todos os Continentes

O Museu foi criado em 30 de novembro de 1900. Ele já foi considerado o quarto maior museu de Numismática do mundo e atualmente é um dos maiores da América Latina em valor e importância histórica.

Moedas, medalhas, cédulas, condecorações, selos, cartões-postais, fichas telefônicas, quadros, máquinas registradoras, máquinas de somar, fotografias, documentos e uma pequena biblioteca especializada, fazem parte do acervo do Museu de Numismática Bernardo Ramos. São mais de 35 mil peças no espaço que está situado nas dependências do Palacete Provincial, em Manaus (AM).

Criado em 30 de novembro de 1900, o Museu apresenta, ainda, vitrines com peças originais de todos os continentes, percorrendo a Idade Antiga, Média e Contemporânea, com referenciais de usos, costumes, política, economia, soberanias e cenas do cotidiano.

Foto: Reprodução/Governo do Amazonas

O acervo foi organizado pelo comerciante, pesquisador, autodidata e cientista amazonense Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, no final do século XIX. Em 6 de outubro de 1899, a coleção foi adquirida pelo Estado através da Lei n° 296.

“O Museu de Numismática Bernardo Ramos foi criado em 30 de novembro de 1900. Ele já foi considerado o quarto do mundo e atualmente é um dos maiores da América Latina em valor e importância histórica”, relatou Dênio Mota, gerente do Museu, sobre a história do local.

“A vida multifacetada de Bernardo Ramos é um testemunho de seu amor pela Amazônia e seu compromisso inabalável com o progresso de sua comunidade”,

avalia Dênio.

Exposição de aniversário 

Para prestigiar a data em 2023, será realizada, às 19h, a cerimônia de abertura da exposição ‘Os Réis da Paris dos Trópicos’, que reúne fotografias de moedas e cédulas que fazem parte do acervo do museu.

A exposição fotográfica é fruto do talento de sete fotógrafos e incorpora um sentido figurado que realça a Belle Époque, um período áureo da história da cidade de Manaus, compartilhando com o público uma visão do cotidiano daquela época. Após o evento da abertura, a exposição permanece aberta ao público, de forma gratuita, até o dia 31 de janeiro no Palacete Provincial.

Na cerimônia, que ocorre no dia 30 de novembro, o espaço contará com a apresentação do cantor Alex Alencar, com Música Popular Brasileira e toadas. Além da atração musical, será oferecido um coffee break para o público, além de funcionários caracterizados com roupas do período áureo da borracha para trazer uma imersão completa na exposição.

Funcionamento
Segunda, Terça, Quinta, Sexta e Sábado, de 9h às 17h.

Entrada gratuita

Endereço
Palacete Provincial – Praça Heliodoro Balbi, s/n – Centro – Manaus/AM

Contatos
E-mail: m_numismatica_br@cultura.am.gov.br
Telefones: (92) 3631-3632 / (92) 3631-6047

Foto: Reprodução/Governo do Amazonas

Quem foi Bernardo Ramos? 

Filho de Manoel da Silva Ramos, fundador da imprensa na capital do Amazonas, e Jesuína Maria de Azevedo da Silva Ramos, perdeu o pai ainda menino, indo trabalhar na agência dos Correios da cidade.

Exerceu diversos cargos públicos a partir dos 21 anos, sendo eleito Intendente Municipal (Vereador). Viajou pela Europa e Oriente Médio, percorrendo a Palestina e o Egito, adquirindo conhecimentos de diversas línguas, entre as quais a língua hebraica, a língua fenícia e o sânscrito, o que lhe permitiu a leitura de diversas moedas.

Comerciante, numismata, historiador e arqueólogo, Bernardo Ramos foi fundador e presidente da Associação dos Proprietários de Manaus. Foi ainda fundador do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), em 25 de março de 1917, e um dos fundadores do Clube Republicano do Amazonas. Faleceu no Rio de Janeiro, em 6 de janeiro de 1931.

Foto: Reprodução/Secretaria de Cultura do Amazonas

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