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Sábado, 27 Abril 2024

Estudo analisa nova alternativa de alimentação nutritiva e saudável à base de PANC

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Para quem não aprecia a salada comum, mas precisa de uma alimentação nutritiva e saudável, um suplemento em pó produzido à base de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), com propriedades antioxidantes e prebióticas, tem sido analisado como alternativa inovadora no segmento alimentício, por meio de uma pesquisa apoiada por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa Kunhã – CT&I no Amazonas.

O estudo intitulado 'Salada Panc: uma alternativa alimentar nutritiva e de baixo custo', coordenado pela professora do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) -  Campus Manaus-Centro, Jaqueline de Araújo Bezerra, desenvolve o suplemento a partir de folhagem fresca ou cozida de ora-pro-nobis (Pereskia bleo), caapeba (Piper peltatum), flores de P. bleo, o vegetal pepininho (Melothria pendula), os frutos de caferana (Bunchosia armeniaca) e, como tempero, as folhas de cipó-alho (Mansoa alliacea).

Foto: Jaqueline Bezerra/Acervo pessoal

Jaqueline observa que a salada comum consumida no Brasil é composta basicamente de alface, pepino, tomate e temperada com azeite e sal, e a ideia inicial é poder substituir esses ingredientes por espécies alternativas de PANC, que apresentam um custo menor e podem ser facilmente cultivadas, além de oferecerem compostos bioativos que contribuem para uma alimentação mais saudável.

"Por esse motivo justifica o estudo das espécies de forma individual e do suplemento em pó alternativo para quem não aprecia saladas, mas tem carência de uma alimentação mais nutritiva e que pode adicionar a sopas, misturar com a farinha e outros preparos",

acrescenta a coordenadora.

Ela destaca que, conhecer a composição centesimal, propriedades físico-químicas, compostos bioativos, capacidade antioxidante, toxicidade, propriedades prebióticas e funcionalidade fisiológica são propriedades de extrema importância, para a ampla divulgação de seu uso como substituto à salada usada no cotidiano, além de agregar valor às espécies que são consideradas mato ou praga e incentivar, também, o cultivo das espécies por agricultores familiares, para aumentar sua renda com a venda de espécies alternativas. 

Foto: Jaqueline Bezerra/Acervo pessoal

"A pesquisa contribui com a caracterização química de espécies de PANC, bem como avalia a eficácia e segurança como contribuição para a comunidade científica e social, para o consumo de uma salada nutritiva alternativa com PANC, ricas em compostos bioativos, com propriedades antioxidantes, prebióticas e de baixa toxicidade, assim como de baixo custo, contribuindo com agregação de valor às espécies vegetais, seus subprodutos e gerando renda para os agricultores familiares, cultivadores dessas espécies",

defende Jaqueline.

Segundo a pesquisadora, as espécies foram coletadas no Ifam. As folhas e flores de ora-pro-nobis, folhas de cipó-alho e caapeba-do-norte, frutos de pepininho e caferana foram analisados individualmente de forma fresca para consumo como salada e a mistura da salada Panc, que é desidratada em estufa de ar circulante para a formulação do suplemento em pó.

A pesquisa contou com o apoio de uma equipe de pesquisadores de formação multidisciplinar e parcerias de pesquisadores do Ifam, da Universidade federal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal da Paraíba, e Universidade Federal de Viçosa, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e das alunas Débora Nogueira Cavalcante, estudante de licenciatura em química do Ifam e da nutricionista Claudia Almeida Alves Vermehrem. 

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