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Quinta, 09 Mai 2024

Maioria da população indígena venezuelana se refugia em Roraima, Amazonas e Pará, informa ACNUR

Desde 2014, um fluxo crescente de indígenas da Venezuela tem sido registrado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil. A maioria da população indígena venezuelana se concentra nos Estados de Roraima, Amazonas e Pará, mas diversos grupos da etnia Warao continuam seu deslocamento para outras regiões do país.

O ACNUR estima que existam mais de 7 mil indígenas venezuelanos no território brasileiro, sendo que 819 já foram reconhecidos como refugiados pelo governo federal. Outros 3.763 (51%) aguardam a análise do seu pedido de reconhecimento da condição de refugiado, enquanto 2.430 (33%) possuem residência temporária no país. Crianças e adolescentes representam quase metade desta população, que é composta por diferentes grupos étnicos: Warao (70%), Pemón (24%), Eñepá (3%), Kariña (1%) e Wayúu (1%).

De acordo com o representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas, o trabalho humanitário realizado pela Agência "requer uma imensa responsabilidade em adaptar serviços de acordo com suas crenças e tradições" e com apoio de parcerias oferecem "soluções focadas nas necessidades específicas dessa população, assegurando seus direitos fundamentais e garantindo sua proteção como pessoas indígenas e refugiadas no território brasileiro".

Entre os serviços ofertados estão abrigos adaptados às necessidades culturais como cozinhas comunitárias, espaços para promoção cultural, entrega de kits de higiene e de limpeza, mobilização e advocacia com autoridades locais para capacitar equipes de atendimento, apoio no acesso à documentação, no desenvolvimento de artesanato a nível nacional, além de produção de materiais multilíngues com enfoque intercultural no atendimento das comunidades.

Foto: Allana Ferreira/ACNUR

Plataforma de informações

 Estas e outras informações sobre a resposta da agência às necessidades humanitárias de pessoas indígenas da Venezuela no Brasil estão disponíveis na página especial do website do ACNUR Brasil lançada nesta terça-feira (19).

A página reúne publicações produzidas pelo ACNUR e organizações parceiras sobre o tema, como também uma série de vídeos produzidos pela agência para aumentar a conscientização da sociedade sobre este tema, reduzindo a xenofobia e a discriminação.

Um dos destaques é uma série de vídeos chamada 'Cultura Imaterial Warao', dividida em cinco temas: mito, alimentos e cura, língua, dança e canto. Os vídeos também integram a exposição virtual 'Vidas Indígenas: modos de habitar o mundo', realizada pelo Museu da Pessoa.

*Com informações da ACNUR

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