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Sábado, 27 Abril 2024

Inadimplência de empresas cai no Norte

Inadimplência de empresas cai no Norte

Número de empresas inadimplentes do setor de serviços cresce 8,22%, em 2017, mostra pesquisas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Por territórios, a região Norte foi a que menos apresentou o crescimento de empresas negativadas. No Amazonas, representantes do segmento afirmam, que mesmo com o leve aumento no índice, o cenário atual é de otimismo e melhoria a longo prazo.

Segundo o presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), José Roberto Tadros, o número crescente de empresas inadimplentes foi motivado pela recente recessão econômica enfrentada pelo país. Tadros afirma que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a queda de 11,8% no desemprego, são um dos fatores que tem levado empresários a visualizarem um futuro de recuperação.

"A inadimplência é mais baixa aqui, porque fomos o primeiro a sentir o baque da economia. E consequentemente, com essa leve recuperação somos os primeiros a recuperar. Com a inflação em queda, as taxas de juros mais baixas e a melhora do PIB, entre outros fatores, existe um certo otimismo por parte dos empresários para uma recuperação que demandará tempo. É um processo lento e gradativo", disse.

Tadros explica que todo o setor de serviços faz parte de um círculo e afirmou que, a redução de funcionários na indústria gerou a diminuição do consumo no comércio, fator que aumentou o desemprego no setor e consequentemente a queda no turismo. Segundo ele, se as dificuldades da recessão econômica atinge a base do processo, todas as peças interligadas são afetadas de forma progressiva, em efeito dominó.

O empresário citou os setores de hotelaria, restaurantes, bares e similares como exemplo, para explicar a retração em todos as peças envolvidas, até atingir a saúde financeira das empresas.

"Os serviços na aviação por exemplo tiveram uma redução drástica. As aeronaves que comportavam um número grande de passageiros, foram substituídas por aviões pequenos. Consequentemente houve um redução no turismo, a hotelaria entrou em colapso, o setor de restaurantes e lanchonetes sentiu o baque, um problema que refletiu em todo um ciclo. A retração é um fator que contamina os diversos setores que estão interligados. O motoristas de táxi saíram perdendo, as locadoras de veículos tiveram prejuízos e com eles todo o setor de serviços", disse.
Foto: Walter Mendes / Jornal do Commercio
Tadros lamentou a ausência de um setor agrícola forte no Estado, que segundo ele, tem sido um grande respiradouro da economia brasileira por ser bastante forte em outras regiões do país.

"Nosso Estado tem sofrido a crise com mais intensidade porque fica na periferia das grande áreas de desenvolvimento de todo tipo de atividades. Se tivéssemos uma agricultura forte, poderíamos sobreviver como o resto do Brasil que exportou produtos primários. Como nós não temos, sofremos muito as consequências disso", disse.

Tadros conta que em ano eleitoral, o clima entre os empresários também é de insegurança com a indefinição dos possíveis presidenciáveis. E culpou a antiga gestão do Brasil, pelas dificuldades que o setor vem enfrentando nos últimos anos."As pessoas ficam inseguras com os planos e projetos que já ocorreram em outras épocas da história. A política do antigo governo afetou esses números e a restauração será lenta e demorada", disse.

Números

Listas dos setores com maior percentual de empresas negativadas. Serviço (8,22%), comércio (3,42%), indústria (2,93%) e agricultura (-0,99%). Na análise dos setores credores, a indústria avança com (4,67%), serviço (4,12%) e comércio (3,24%).

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