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Quinta, 09 Mai 2024

Minha companheira Sombra. Sempre presente, sempre rejeitada.

Aho meu povo! Nesses últimos dias tenho estado ocupado, além dos afazeres cotidianos estou direcionando a atenção a algumas velhas conhecidas que vieram me ver ou se fazerem vistas por mim. Tenho andado as voltas com minhas sombras. A verdade é que elas estiveram sempre presentes, mas nem sempre estavam sendo vistas.

E essa é a minha proposta hoje: Trazer algumas reflexões sobre as nossas tão temidas e negadas sombras.

Percebo que na chamada busca pelo autoconhecimento, pela auto cura, pela reforma ou melhoramento íntimo, pela iluminação ou seja lá pelo que mais... Nós acabamos tendo uma tendência a recusar o nosso lado sombra.

A sombra representa o submundo conturbado da nossa psique que contém os nossos sentimentos mais primitivos, os egoísmos mais afiados, os instintos mais reprimidos e aquele "eu escondido" que a mente consciente rejeita e que nos mergulha nos abismos mais profundos do nosso ser.

Carl Jung

A sombra sempre é vista no outro, na sociedade, no mundo, mas dificilmente conseguimos olhar para a nossa sombra interna.

É aquela coisa: Todo mundo é tóxico, menos eu!

Ah, tá! Alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado! Pomba branca de Oxalá! Luz Crística!

Vamos entender uma coisa: Qualquer caminho de autoconhecimento que estivermos trilhando de verdade nos colocará, uma hora ou outra, frente a frente com suas sombras. Isso na verdade é o autoconhecimento, conhecer todos os nossos aspectos.

E esse encontro com nossa porção sombra acontece justamente para que possamos enxergá-la, acolha-la como uma parte da nossa personalidade momentânea e então trabalhá-la.

Quando falo do nosso lado sombra, estou me referindo a aqueles aspectos da personalidade que não gostaríamos de expor a ninguém. Sabe aquela caixa preta que evitamos olhar? Aquele lixo que tentamos esconder sob o tapete? Pois é maninhooo!

Eu realmente acredito que a maioria de nós está sempre em busca de ser uma pessoa melhor. Chamo essa busca interna de busca pela cura da alma. E, esse momento que estamos vivendo tem CONVOCADO a todos a repensar vários aspectos da vida e nesse caminho fatalmente estamos esbarrando em nossas sombras.

Então, vamos lá! O primeiro fator a entender é que esse encontro é inevitável, nós não vamos conseguir fugir das nossas sombras eternamente, mas cedo ou mais tarde vamos trombar com elas e ter que encará-las.

Quando esse momento chegar é importante lembrar que a Sombra é uma parte nossa que teremos que acolher. Se conseguirmos fazer isso já daremos um grande passo. A aceitação desse nosso lado nos oferece a oportunidade de entender todo o processo e curar.

Eu hoje vejo as minhas Sombras como professoras muito dedicadas, adversárias muito bem preparadas e que me obrigam a dar o melhor de mim, me instigam a lutar homéricas batalhas internas.

Veja que, as Sombras nos fazem querer melhorar, a mudar, buscar curar. Se não fosse por elas, certamente estaríamos em sua zona de conforto. Nossa tarefa na vida é nos aceitarmos plenamente e integrar "a nossa sombra" para torná-la consciente. Desprezá-la, permitir que ela continue no nosso universo inconsciente, só vai fortalecê-la e nos roubar a paz e a felicidade.

O nosso crescimento pessoal e a nossa realização íntima dependerão sempre da nossa capacidade de observar, entender e iluminar essas sombras.

Então meu povo! Aceita que dói menos! Vamos nos enxergar e aceitar como seres duais e em constante transformação que somos.

Acho que ainda caminharei por esse tema em no nosso próximo artigo...talvez possamos tentar decifrar os seres gratiluz. Vocês já ouviram falar neles? 


Por Mestre Dan Holanda

Instagram: mestredanholanda

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