Reestruturado, time do Maranhão quer brilhar no cenário nacional em 2016

MANAUS - O Papão do Norte está pronto para brilhar em 2016. Mas não estamos falando do Paysandu, e sim do Moto Club, um dos clubes mais populares do Maranhão. Rebaixado duas vezes no Campeonato Maranhense na última década, a equipe busca retomar o período de glórias que lhe rendeu 24 títulos estaduais. Para isso, o clube promoveu uma restruturação interna e agora almeja o acesso à Série C de 2017.
Moto Club supera crise e sonha em ganhar destaque no cenário nacional. Foto: Divulgação/Facebook Moto Club

A reformulação do Moto começou em 2014, quando Roberto Fernandes assumiu o clube. Foi neste mesmo ano em que o rubro-negro fez boa campanha na Série D, mas parou no mata-mata para o Tombense (MG). Em junho de 2015, Hans Nina foi aclamado como novo presidente do clube. Ele era membro da antiga diretoria.

O Moto Club entendeu que a profissionalização é o caminho para o sucesso. O clube pretende reestruturar seu centro de treinamento e também investe em marketing esportivo para potencializar suas ações. O site oficial será repaginado e o clube agora também terá um assessor de imprensa.

O planejamento do elenco profissional também ganhou um cuidado redobrado, como explica o diretor de futebol do Moto, Waldemir Rosa, o Dadá. "Em todas as vezes que trabalhei no Moto, a gente tinha dez dias pra montar o time. Essa deve ser a primeira vez que nós já estamos contratando no ano anterior. Temos vários jogadores contactados, só estamos esperando acabar os contratos porque eles estão jogando em outros Estados e alguns deles até fora do país", revelou à rádio CBN Amazônia.

Um dos reforços da equipe é um velho conhecido do futebol maranhense. O goleiro Rodrigo Ramos, ídolo do rival Sampaio Corrêa, é um dos grandes reforços do Moto para 2016. Ele disputou a Série D de 2015 pelo Nacional, do Amazonas.
Campeão amazonense pelo Nacional, Rodrigo Ramos é reforço do Moto Club para 2016. Foto: Divulgação/Nacional

O clube pretende investir mais no elenco de 2016, mas sem extrapolar o orçamento financeiro. "Em 2014, a gente quase chega na Série C com um elenco de R$ 100 mil [por mês]. Deve ser um pouco mais nesse ano", disse Dadá. O clube também espera o apoio do poder público para o ano seguinte. "Ano que vem teremos o Nota Legal [crédito financeiro através da emissão de notas fiscais], que está praticamente certo no governo do Flávio Dino, onde ele pretende dar essa contrapartida ao futebol".O arquirrival do Moto Club vive situação completamente diferente do rubro-negro. O Sampaio Corrêa está na Série B do futebol nacional e ainda briga pelo acesso à primeira divisão. Apesar disso, Dadá afirma que o sucesso do Sampaio pouco beneficia o futebol maranhense como um todo. "Não podemos ficar só dependendo de um clube. Acredito que não faz muita diferença pro futebol maranhense, só pro Sampaio mesmo. E o Moto precisa correr atrás pra sair dessa Série D que é muito complicada", opinou.

O diretor do Moto viaja ainda nesta semana para o Ceará, onde vai acompanhar a Taça Fares Lopes em busca de possíveis reforços. Ele destaca que a Região Norte também é um bom mercado para 'pinçar' jogadores. "Eu acompanho todos os Estados. No Amazonas eu conheço o Tety, do Manaus, o lateral Peter, o Fabiano [ex-Nacional]. No Pará eu conheço muita gente de Remo, Paysandu e Cametá. A gente também acompanha o Tocantins e assim segue o trabalho", disse.