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Terça, 07 Mai 2024

Pesquisa analisa efeito de corrosão do solo amazônico sobre o aço

Pesquisa analisa efeito de corrosão do solo amazônico sobre o aço
Nos últimos anos, houve aumento da instalação de estruturas metálicas subterrâneas, como tanques de armazenamento de combustíveis e de grandes extensões de oleodutos e gasodutos no Amazonas. Em Manaus, o doutor em físico-química pela Universidade de São Carlos, Leandro Aparecido Pocrifka, estuda a influência do solo amazônico na corrosão destas estruturas que estão enterradas ao longo da cidade e no meio da floresta. Com o estudo, o pesquisador espera identificar os fatores que atingem o aço e o tempo que leva a corrosão para propor soluções para o problema. 
Leandro Aparecido Pocrifka. Foto: Divulgação/Fapeam
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) fomenta uma pesquisa no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa.  O grupo de pesquisa, formado por doutores e estudantes de iniciação cientifica, é o primeiro a estudar esse processo no Amazonas.

A corrosão é o processo de deterioração do material de forma espontânea. “Temos um solo bastante agressivo onde velocidade de corrosão é maior do que no restante do país, por causa da caraterística do nosso solo”, disse o pesquisador.

Pocrifka explica que cada ponto da capital tem um solo com características distintas, desde mais úmidos ou com uma grande quantidade de microrganismos, por conta da floresta. Essa série de fatores, de acordo com ele, atinge a superfície de aço. Por isso a equipe de pesquisa conta com um mapa da cidade de Manaus para auxiliar nos estudos.

“Pegamos o solo da região petrolífera  de Urucu (localizada no município de Coari) e Manaus, temos solo argiloso e a areia, como composição majoritária. Esses solos passam por um tratamento para ter o tamanho de amostras uniformes”, contou o pesquisador.

Metodologia

A pesquisa é realizada pelo Departamento de Química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e conta amostras de aços de 2 cm, que são enterradas no solo e condicionadas no pote, onde é feito semanalmente o controle de umidade nessa área para saber de que forma a umidade acelera o processo de corrosão e quanto de massa  do material se perdeu nesse período.

“Não apenas dutos de petróleo, gás e combustível, mas qualquer instalação de aço que esteja enterrado. O aço presente no tubo que corta os solos, por exemplo, a corrosão gerada no meio agressivo faz que esse aço seja atacado ao longo dos anos. Se furar uma amostra de aço dessas no meio da floresta os danos ambientais são enormes”, explica o pesquisador.

Até janeiro de 2017, a equipe espera ter resultados mais consolidados sobre o estudo.  A pesquisa conta com o apoio técnico de uma doutora em engenharia civil, e dois doutores em química, além de bolsistas de iniciação científica.

Leandro Aparecido Pocrifka destaca o apoio doa Fapeam para a pesquisa.  “Estamos formando gente e geração de conhecimento. Sem a Fapeam a nossa pesquisa não estaria avançado, esse apoio é fundamental. Conseguimos comprar os equipamentos e materiais de consumo, sem esse incentivo não conseguiríamos avançar”, finalizou.

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