Nicolás Maduro apresenta propostas para obter ajuda contra crise econômica na Venezuela
BRASÍLIA - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, viajou para o Equador nesta quarta-feira (27), onde pedirá ajuda aos países membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para enfrentar a crise econômica. As informações são da Agência Lusa, via Agência Brasil.
"Venho apresentar um conjunto de propostas para, desde a América Latina, enfrentar a emergência econômica da Venezuela", informou aos jornalistas na chegada a Quito, onde participará da quarta cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Foto: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo Nicolás Maduro, a Venezuela entrou num "período de turbulência econômica" devido à queda dos preços do petróleo, mas aposta, no entanto, em manter as políticas sociais e o rumo de crescimento e igualdade. "Há um balanço positivo da década em curso. Estamos em situação difícil. Declarei emergência econômica para fortalecer o (que é) social, defender os direitos sociais do povo e iniciar um novo modelo econômico produtivo", acrescentou.
Com 107 votos contra (da oposição) e 53 a favor, o parlamento venezuelano rejeitou na segunda-feira (22) o Decreto de Emergência Econômica assinado por Nicolás Maduro para enfrentar a crise econômica do país. O decreto presidencial, que teria duração inicial de 60 dias prorrogáveis e foi declarado constitucional pelo Supremo Tribunal de Justiça, deverá ser devolvido ao chefe de Estado para ser reformulado.
Segundo a oposição, que tem a maioria no parlamento, a aprovação do decreto de emergência poderia agravar a crise, por não abordar com precisão matérias políticas, financeiras e cambiais. Os deputados oposicionistas alegaram também que não foram publicados dados oficiais sobre os índices econômicos e que o decreto facilita a possibilidade de apropriação indevida de fundos, não protege o gasto social e poderia servir para atacar algumas empresas privadas.
De acordo com o governo, o decreto tinha por objetivo combater a "guerra econômica" e "construir uma Venezuela produtiva e independente", além de enfrentar a conjuntura criada pela queda dos preços do petróleo, a principal fonte de receitas do país.
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